Fluminense
Renovação, identidade de Gallardo e mais: como chega o River Plate contra o Fluminense
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A espera está chegando ao fim. Após oito anos, o Fluminense retorna à Libertadores e estreia na próxima quinta-feira, contra o River Plate-ARG, às 19h (de Brasília), no Maracanã. No Grupo D, o Tricolor ainda terá pela frente duas equipes colombianas: o Santa Fé e o Junior Barranquilla. O primeiro desafio, no entanto, será logo uma pedreira: o tetracampeão River Plate, que só ficou de fora de uma semifinal desde 2015 e conquistou dois títulos neste período de ‘Era Gallardo’.
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Desde a chegada de Marcelo Gallardo em 2014, o River Plate mudou de patamar. Um dos grandes ídolos da história do clube, o Muñeco deu a sua identidade à equipe e os Millonários conquistaram o título da Sul-Americana em 2014, e no ano seguinte retornaram à Libertadores após seis anos longe da competição. Desde então, ficaram de fora de apenas uma semifinal (2016), foram duas vezes campeões (2015 e 2018) e vice-campeão em 2019.
Para alívio dos tricolores, no entanto, o momento do River Plate é bem diferente do auge da ‘Era Gallardo’. O clube iniciou um processo de renovação e perdeu Nacho Fernández, um dos principais nomes da equipe, e ainda vive a incerteza sobre o futuro do artilheiro Borré. Em entrevista ao Esporte News Mundo, o jornalista Diego Macias, subdiretor do jornal “Olé”, analisou o momento dos Millonários e destacou os pontos fortes e fracos da equipe.
– A saída de Nacho Fernández e Martínez Quarta forçou uma renovação que Gallardo está conseguindo fazer em tempo recorde. A entrada de muitos meninos é um sinal de renovação, mas também uma incógnita de como eles irão reagir às pressões do torneio. River não tem sido sólido na defesa e sofre com bolas cruzadas. Na última partida, goleou por 5 a 0, mas antes do primeiro gol sofreu duas ou três chegadas muito difíceis – disse Diego, que destacou a identidade do time como o ponto forte.
– O ponto forte do River é a identidade. Ele sabe exatamente o que está jogando. É uma equipe rápida, com dinâmica, tem dois laterais que apoiam e são decisivos, e que tem conseguido, com Palavecino, começar a substituir a qualidade de Nacho Fernández – completou o jornalista do “Olé”.
Apesar do momento de reconstrução, o River Plate não perde desde 8 de março, quando foi superado pelo Argentinos Juniors por 1 a 0, pela 4ª rodada do Campeonato Argentino. Desde então, são sete jogos de invencibilidade, sendo quatro vitórias e três empates. O principal resultado neste período foi a vitória sobre o Colón, líder do Grupo A, por 3 a 2, além das goleadas sobre o Godoy Cruz (6 a 1) e Central Córdoba (5 a 0). Os Millonários ainda empataram com Boca Juniors e Racing.
De olho no craque
O River Plate aposta suas fichas nos jovens. O principal destaque da equipe é o atacante Rafael Borré. O colombiano, de 25 anos, tem contrato somente até o final de junho, e o seu futuro ainda é incerto. O jogador, que é alvo de clubes da Europa e do Brasil, marcou sete gols e deu uma assistência em dez jogos na temporada. Em 2020, foi o artilheiro dos Millonários na competição continental com sete gols.
– Borré pode ser negociado em alguns meses. Ele insiste que não quer prejudicar o River e acha que o clube deve ser recompensado de alguma forma. Gallardo sabe que pode perder, mas enquanto isso, ele continua marcando gols – afirmou Diego Macias.
No último compromisso antes da estreia na Libertadores, o River Plate goleou o Central Córdoba por 5 a 0. Borré marcou duas vezes e foi o destaque da partida, assim como o jovem Julián Álvarez, de 21 anos, que se destacou contribuindo com três assistências. Na Libertadores 2020, Álvarez marcou cinco gols e foi o segundo artilheiro do River na competição, atrás somente do colombiano. Outro jovem que merece atenção é o meia De La Cruz, de 23 anos.