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Resposta Histórica completa 100 anos de luta do Vasco contra a discriminação social e racial

A carta do Vasco e o elenco Camisas Negras. (Foto: Divulgação / Vasco)

A carta do Vasco e o elenco Camisas Negras.

Foto: Divulgação / Vasco

O dia 7 de abril de 1924 mudou para sempre os rumos da história do futebol brasileiro. Naquela época, o Vasco era comandando pelo presidente José Augusto Prestes, responsável por assinar o documento que anunciava a recusa do clube em disputar a primeira divisão do campeonato estadual sem seus jogadores negros. Fluminense, Botafogo, Flamengo e América se recusaram a convidar o Gigante da Colina para participar da elitista Associação Metropolitana de Esportes Athleticos (AMEA).

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O grupo alegou ainda que o Vasco só seria autorizado a disputar o torneio se excluísse 12 de seus jogadores que, não por acaso, eram todos negros. O cruzmaltino prontamente recusou a proposta e enviou uma carta repudiando o preconceito e mostrando sua total indignação à discriminação. Presidente da comissão organizadora da AMEA e patrono do Fluminense, Arnaldo Guinle teve a audácia de rebater a Resposta Histórica. Em documento oficial, o político afirmou no jornal “O Paiz”, no dia 19 de abril de 1924, que o Vasco deveria formar uma equipe “genuinamente portuguesa”, por não haver outra colônia capaz de apresentar “qualidades desta nobre raça secular”.

Neste domingo, o Vasco da Gama reforçou a importância da data através de suas redes sociais.

– 7 de abril de 1924. Esta data não só revolucionou a história do Vasco da Gama, como também a história do futebol mundial e da sociedade. Neste dia em questão, o Cruzmaltino reforçou toda a natureza do seu gigantismo e optou por seguir o caminho mais difícil: lutar pelo que sempre acreditou. 100 anos depois, o preconceito ainda continua entre nós. E o Vasco da Gama reafirma a sua identidade, assumindo o compromisso contínuo de lutar contra e combater de frente todas as mazelas sociais. Buscando incessantemente Respeito, Igualdade e Inclusão. Para que, aonde quer que a Cruz de Malta esteja representada, esteja ali o símbolo de quem tem CORAGEM PRA LUTAR. – escreveu o clube.

Em 1923, o Vasco foi campeão carioca com o elenco que ficou conhecido como Camisas Negras, formado em sua maioria por jogadores que vinham de clubes menores e de áreas mais humildes da cidade, assim como negros e operários – fato que era totalmente contrario à realidade de seus rivais. A conquista definitivamente gerou incômodo nas classes administrativas dos times cariocas, que, um ano depois, criaram a AMEA.

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Neste dia da Resposta Histórica, o Vasco mudou para sempre os rumos da história do futebol brasileiro e foi pioneiro em uma luta antidiscriminatória que precisa ser apoiada por todos os clubes do país.

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