Em um 2020 completamente atípico, caracterizado pela pandemia da Covid-19, o Guarani teve temporada com altos e baixos a partir de 1º de janeiro entre Campeonato Paulista, Troféu do Interior e Série B do Campeonato Brasileiro.
O Bugre encerra o ano com o atacante Júnior Todinho como artilheiro – 11 gols – e três jogadores dividindo o ranking das assistências: Bidu, Giovanny e Lucas Crispim, com cinco cada.
Em números, Alviverde disputou 46 confrontos oficiais em três competições distintas, com 18 vitórias, 13 empates, 15 derrotas e aproveitamento de 48,5%.
Relembre abaixo os principais acontecimentos do time campineiro nesta matéria especial do Esporte News Mundo.
• CAMPEONATO PAULISTA:
O Guarani abriu a temporada com elenco praticamente ‘montado do zero’ para disputa do Campeonato Paulista, mas manteve atletas com certo protagonismo na campanha de recuperação na Série B do Campeonato Brasileiro: casos do goleiro Jefferson Paulino, do zagueiro Bruno Silva, do lateral-esquerdo Thallyson, dos volantes Deivid e Igor Henrique e do meio-campista Lucas Crispim.
Em contrapartida, o grupo perdeu peças importantes, como o lateral-direito Lenon (Cuiabá), o zagueiro Luiz Gustavo (Goiás), o meio-campista Arthur Rezende (Bahia) e o atacante Davó (Corinthians), então titulares absolutos.
O clube realizou parte da pré-temporada no Hotel Oscar Inn, em Águas de Lindoia, entre os dias 07 e 13 – no período sem compromissos oficiais, enfrentou Red Bull Bragantino, Portuguesa e Velo Clube.
No Estadual, os campineiros construíram campanha positiva até a pausa em decorrência do coronavírus, com quatro vitórias, quatro empates, duas derrotas -frente Santos e Palmeiras , a vice-liderança do Grupo D e a sexta melhor campanha no geral, além de uma vitória emblemática, de virada, no Dérbi 196 contra a Ponte Preta.
Tudo mudou, entretanto, depois dos quatro meses de paralisação. Com pequena reformulação no plantel, já com a bola de volta aos gramados em julho, o Guarani, que dependia das próprias forças para carimbar classificação às quartas de final, foi superado por Botafogo-SP e São Paulo e viu o Corinthians, então vice-campeão, ficar com a vaga para enfrentar o Red Bull Bragantino.
O fracasso nos jogos decisivos deram início à primeira crise na temporada, que, no fim de agosto, culminou com a demissão de Thiago Carpini.
• TROFÉU DO INTERIOR:
Como prêmio de consolação, o Guarani, fora do mata-mata, ganhou vaga no Troféu do Interior.
Mesmo sem futebol convincente, aquele que encantou a torcida no primeiro trimestre, Alviverde despachou Ituano (nos pênaltis) e Internacional de Limeira para chegar à decisão.
No confronto decisivo, que valia vaga na Copa do Brasil de 2021, nova decepção: derrota diante do Red Bull Bragantino pelo placar de 1 a 0 e planejamento – financeiro – prejudicado.
• SÉRIE B DO CAMPEONATO BRASILEIRO:
A história parcial do Bugre na Série B do Campeonato Brasileiro, a sete rodadas do fim, é marcada por dois momentos opostos: antes e depois da contratação de Felipe Conceição, na primeira quinzena de outubro.
Com Thiago Carpini e Ricardo Catalá, responsáveis por dirigir o time nas 14 primeiras rodadas, a campanha foi de vice-lanterna, com apenas 11 pontos e aproveitamento inferior a 30%.
Em crise dentro e fora de campo – Anaílson Neves, então membro da diretoria, era o principal alvo dos protestos da torcida organizada -, o Conselho de Administração tirou um coelho da cartola e, sem chance de errar, acertou em cheio na chegada do novo treinador.
Com o carioca, o Guarani, só com uma contratação – o volante Rickson chegou por empréstimo junto ao Botafogo -, embalou, escapou da zona de rebaixamento, emplacou nove jogos de invencibilidade no Brinco de Ouro da Princesa, com oito triunfos e um empate e já ostenta a melhor campanha do returno.
No momento, o Bugre soma 47 pontos, sendo 36 sob gestão de Conceição, na sexta colocação, com chances reais de acesso à elite nacional do próximo ano.
Os próximos capítulos na Série B serão conhecidos a partir de 02 de janeiro, no confronto diante do vice-líder América-MG, em casa.