Vasco
Revés em primeiro teste de fogo do ano traz lições e indica caminhos ao Vasco
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A derrota por 1 a 0 para o Botafogo, que derrubou a invencibilidade do Vasco no Carioca no clássico de domingo no Maranhão, pode ser interpretada de diferentes maneiras pelos vascaínos visando à temporada de 2022. Os primeiros 40 dias de trabalho de Zé Ricardo completados no duelo contra o Botafogo indicam que, se visto o copo pelo lado meio cheio, existe um esqueleto de equipe em formação com alguma consistência que não havia no ano passado, cenário de terra arrasada com Fernando Diniz. A barca saiu da colina em 2021 e um novo elenco foi formado, com, até agora, 14 reforços, e é natural que o trabalho ganhe forma ao longo do tempo.
Como pontos positivos, a subida de produção de Gabriel Pec e Juninho com Zé Ricardo é notável. O ponta se mostra uma boa opção de ataque e o volante ganha corpo no meio-campo, chegando à frente. Anderson Conceição também fez um bom jogo, é o maior rebatedor da competição e é um jogador experiente com o qual é importante contar em uma temporada exigente que tem Série B. A mescla de jogadores experientes, como Nenê e o próprio Conceição, com a garotada que precisa de confiança e paciência para entregar no time principal o que deles se espera tem de acontecer, casos de Laranjeira, Figueiredo e Riquelme. E Zé Ricardo parece ser o cara que sabe fazer essa ponte.
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Olhando o copo pelo lado vazio, as oscilações durante uma partida precisam ser corrigidas. No primeiro tempo do clássico, houve um momento em que o Vasco teve um apagão, justamente no gol do Botafogo. Muitos espaços foram dados para a equipe alvinegra explorar, o que acabou penalizando a equipe da colina no placar final. As 22 chances de gol que não foram convertidas, por sua vez, também apontam uma deficiência. O número mostra que criar chances a equipe tem criado, porém a pontaria descalibrada é fatal em jogos grandes como em clássicos. É fundamental que as conclusões das jogadas sejam aperfeiçoadas.
O elenco precisa de reforços, e Zé sabe disso. Ele comentou sutilmente o tema no pós-clássico.
– Entendo que o Vasco tem que jogar com a equipe junta para suprir algumas carências que esse elenco ainda tem. Em virtude dessas condições, o time tem que sair bem organizado a partir da saída de bola. Quando conseguimos fazer isso, até em virtude de o Botafogo ter baixado as linhas no segundo tempo, nós conseguimos ter a posse de bola e criar as oportunidades. Logicamente que íamos sofrer contra-ataques, o Botafogo tem jogadores de velocidade. A gente precisava realmente de uma posse de bola qualificada para criar espaços e chegar à finalização -, afirmou o treinador.
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As chegadas de Quintero, Zé Gabriel e Luiz Henrique e as voltas de Yuri Lara e Vitinho certamente darão mais robustez a esse Vasco, que tem que se preocupar em concluir melhor os lances e criar um sistema defensivo mais compacto que anule os espaços dos adversários.
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