Atlético-MG

Rivais já conhecem pontos fracos do Atlético, mas Sampaoli não consegue corrigi-los

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Foto: Bruno Cantini / Atlético
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Na ultima rodada do primeiro turno do Brasileiro, o Atlético foi até São Paulo encarar o Palmeiras e acabou derrotado por 3 a 0. O Galo sonhava em vencer e retomar a ponta da tabela, mas chega ao quarto jogo sem vitória e vê a liderança ainda há três pontos e outros rivais encostarem. Com um início muito animador, o Atlético era o time do momento e principal sensação do Brasileiro, mas os adversários parecem já ter encontrado os pontos fracos da equipe de Sampaoli.

Nos últimos quatro jogos o problema do Atlético com a criação e com finalizações – seja por erra-las ou não chutar – ficou evidente. Além disso, os jogos contra Bahia e Palmeiras evidenciaram outro ponto fraco do Galo: a recomposição defensiva. Os adversários, sejam eles os mais fortes ou mais fracos, já conseguem fazer a leitura do Atlético e sabem como para-lo.

CRIAÇÃO


O primeiro dos pontos fracos está na criação. O Atlético é um dos times que mais cria chances nesse Brasileirão, mas mesmo assim mostra dificuldades em situações que ele mesmo se coloca. Um exemplo claro disso é a partida contra o Sport, na 18° rodada. Jogando em casa, o Galo foi pra cima do time nordestino e os deixou respirar. O problema foi que de tanto encurralar o Sport, o Atlético teve dificuldades para criar, já que o Leão jogava praticamente com 10 atrás e não deixava muitos espaços para o Galo.

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Mas não só nesse jogo o Atlético teve esse tipo de problemas e não só esse problema existe na criação do time. No jogo desta segunda (02), o problema do Atlético na criação se deu na saída de bola. O Palmeiras pressionou tão alto e tão bem a saída de bola do alvinegro, que o time foi criar a primeira chance apenas aos 40 minutos do primeiro tempo. O que mostra essa deficiência também de quando ele é apertado.

Outro problema do Atlético na criação está relacionado a dois jogadores, quando o Galo não tem Junior Alonso ou quando ele está bem marcado – como contra o Palmeiras -, já que é uma peça-chave para a saída de jogo do time. A situação é a mesma com Keno, ou quando ele não está em um bom dia, o Atlético também tem dificuldades para crias jogadas, já que ele é o principal desafogo do time.

FINALIZAÇÕES


Como citado, o Atlético é um dos times que mais crias mesmo tendo um problema de criação. Mas quando o time consegue criar bastante, o problema passa a ser outro: as finalizações. No jogo contra o Sport, por exemplo, o Galo finalizou 26 vezes, mas apenas nove foram ao gol. Contra o Bahia (17° rodada), foram 20 chutes, com apenas quatro no gol. Esses são apenas alguns dados de jogos recentes, o Atlético tem esse problema há muitos anos, mesmo em vitórias, perde muitos gols. Além de que, as finalizações que vão ao gol, não necessariamente são gol ou são perigosas, muitas vezes são finalizações fracas, sem perigo ou em cima do goleiro, como a de Marrony contra o Fluminense (16° rodada), que finalizou dentro da pequena área, em cima do goleiro.

Desde que chegou ao Atlético, Sampaoli sempre é questionado sobre isso, principalmente nas derrotas. Para o treinador, a palavra que falta é “contundência”, ou seja, ser mais decisivo e acertar o pé. Na última quinta (29), o atacante Savarino foi também questionado sobre os vários erros de finalizações, mas para ele é “normal”.

RECOMPOSIÇÃO DEFENSIVA


Um dos pontos fracos que mais ficou claro nas últimas partidas, são as falhas defensivas. Nas partidas contra Bahia, Palmeiras, em que perdeu, e até na partida contra o Sport, em que empatou, principalmente a má organização e má recomposição estiveram presentes durante os 90 minutos.

Os quatro considerados titulares da defesa atleticano hoje são: Guga, Réver, Junior Alonso e Guilherme Arana. Com essa linha, Sampaoli monta seu esquema e sempre tenta jogar com uma linha bastante avançada, com os dois zagueiros sendo os últimos homens e se posicionando próximo a linha do meio campo quando o time tem a bola, já os laterais, tem mais liberdade para atacarem.

O problema desse estilo de jogo com esses jogadores citados é que todos são lentos. Réver e Alonso são dois zagueiros que nunca forma de muita velocidade, já Guga mostra a cada jogo que velocidade não é o seu forte, e Arana tem tanta liberdade para atacar, que mesmo que fosse muito rápido, às vezes não daria tempo de chegar na marcação. Com isso, os adversários passaram a enxergar essa falha do Atlético e todos jogam, principalmente, do lado direito contra Réver e Guga, que é o lado mais lento da defesa. Além disso, em jogos que o Atlético tem dificuldade de criação ou está perdendo, o zagueiro Junior Alonso tem liberdade para avançar ainda mais, mas geralmente não tem cobertura.

Para exemplo, basta ver os gols sofridos pelo Atlético contra o Palmeiras. O primeiro foi uma bola cruzada da direita, e Guga não estava lá para marcar. No segundo, Alonso está avançado, não tem cobertura, toma bola nas costas e do outro lado Guga não consegue acompanhar a velocidade de Rony. No terceiro, a mesma história, bola nas costas de Alonso, Guga não acompanha, dessa vez Wesley, e o gol sai.

Na coletiva pós jogo, Sampaoli comentou essa situação e disse que o time não pode querer atacar com muitos jogadores e deixar a defesa em perigo, e que isso será corrigido.

O Atlético terá mais uma semana de treinos para corrigir os pontos fracos citados acima, até enfrentar o Flamengo no próximo domingo (08), às 18h15, no Mineirão, em confronto direto pela ponta da tabela.

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