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Roberto, da Chapecoense, relata sua condição física após internação por conta do coronavírus: “um cansaço muito forte”

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Foto: (Márcio Cunha / Chapecoense)
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Roberto, defensor da Chapecoense, foi um dos primeiros atletas no Brasil a serem infectados pelo coronavírus. Devido aos fortes sintomas, o jogador precisou ficar internado e teve aproximadamente 40% do pulmão comprometido. Uma luta que durou uma semana no hospital e que até hoje há consequências.

Em entrevista exclusiva ao Esporte News Mundo (ENM), Roberto contou como foi viver esse drama, como foi o tratamento e como está sua vida após a sua recuperação.

“Realmente, foi bem complicado para mim a questão do COVID-19. Eu tive todos os sintomas. Todos os sintomas. Fiquei bem mal! Tive problema no pulmão, onde ficou 40% comprometido, e na volta, pelo fato de ter ficado internado, eu tomei muito remédio, muito corticóide, muito remédio na veia e isso me deixou bem inchado. Fisicamente, para mim, foi muito ruim. Logo, em seguida, me colocaram em alguns jogos e eu não conseguia correr porque eu sentia muita dor no pulmão e eu sentia um cansaço muito forte. Isso me complicou bastante ao ponto de cair o rendimento, quase me complicar nas sequências e ter a oportunidade de jogar”, disse ao ENM.

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O atleta relatou que estava seguindo rigorosamente a quarentena. Estava saindo de casa apenas para treinar e jogar, afinal, é o seu trabalho e para fazer comprar no mercado. 

“A gente não tem muita ideia de como que pega ou como pegou o COVID-19. Se bem que comigo, eu saia do treino para casa. Mas, tinha horas que eu tinha que ir ao mercado para poder comprar alimento e, talvez, posso ter pego lá. É bem difícil. Você não sabe dizer exatamente onde pegou esse vírus.”

Após essa grande vitória diante do coronavírus, Roberto desfruta o ótimo desempenho da Chapecoense na Série B. A equipe catarinense está na segunda posição com 66 pontos, ou seja, um ponto a menos do que o líder América-MG.

“Foi uma campanha muito boa. O elenco ficou bem focado e unido para buscar esse objetivo que era subir para a Série A. Um lugar onde nunca deveria ter saído. Tivemos algumas dificuldades ao longo do ano, logo no início quando brigamos para não cair no Catarinense, mas com muito trabalho e com o grupo unido, cada um fazendo a sua parte e ninguém querendo passar por cima de ninguém, começamos a colher o que plantamos. Os resultados estão vindo agora. Estamos brigando pelo título”, falou.

Faltando apenas quatro jogos para o fim do campeonato, o título está em aberto. Não é possível prever quem será o campeão devido ao equilíbrio entre ambas as equipes. Sendo assim, o jogador avaliou a reta final da competição.

“Agora a Chapecoense chegou em um momento que não pode vacilar. O América-MG está na frente e qualquer empate ou derrota complica bastante na briga pelo título. Então, o que precisamos fazer é continuar nessa pegada, continuar focado e buscar a vitória. Só a vitória importa para a gente tanto em casa quanto fora.”

Nesta reta final, a Chapecoense enfrentará o Vitória, a Ponte Preta, o Operário e o Confiança. Confrontos duríssimos entre equipes que buscam o acesso e times que lutam contra o rebaixamento.

“Eu vejo que para a Chapecoense é um dos jogos mais difíceis porque você jogar contra clubes que estão brigando lá embaixo na tabela, preocupados em não cair, é bem mais difícil. Os times vão dar o máximo. Vão dar a vida para poder sair da zona de rebaixamento. Só que a Chape também briga por algo maior, né? A gente quer ser campeão. A gente quer entrar na história do clube. Então, eu creio que é igualar. Igualar a vontade e a pegada. Porque ser campeão é algo muito importante e inédito para o clube.”

Para conquistar o título, a Chape precisa vencer o seus jogos e torcer para um tropeço do América-MG que vem embalado na temporada. Roberto comparou e analisou o desempenho de ambos os clubes.

“O América-MG é um grande clube e está sendo comandado por um grande treinador, que é o Lisca, assim como também está acontecendo na Chapecoense com o professor Humberto. Então, eu acho que o que diferencia dos outros clubes para a gente é isso. Todo jogo para a gente era uma final, a gente pensava jogo a jogo, não estava fazendo conta, a cada jogo que aparecia o foco era total no jogo e as coisas foram acontecendo. A vitória vinha. Acredito que esse foi o diferencial, mas hoje não sei te dizer quem leva esse título. Está bem igualado. São dois clubes grandes que estão brigando, isso é até legal e vamos ver o que vai acontecer no final”, concluiu. 

O próximo duelo da Chapecoense será no próximo domingo (17), às 16h (de Brasília), no Barradão. A partida será válida pelo Campeonato Brasileiro Série B.

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