Com o fim da temporada 2022 para o Jacuipense, Rodrigo Chagas comandou o clube do interior baiano em 29 oportunidades neste ano. Com 13 vitórias, nove empates e outras sete derrotas, o treinador levou o clube de Riachão do Jacuípe ao inédito vice-campeonato estadual, onde acabou sendo superado pelo Atlético de Alagoinhas. Apesar disso, Rodrigo avalia como positiva a jornada frente ao Leão do Sisal, que disputou também a Série D do Brasileiro e foi eliminado na segunda fase para o América-RN.
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– Foi um ano positivo. A gente teve o convite para trabalhar no Jacuipense, sabendo do desafio que teríamos durante o ano. A primeira ideia era fazer um Baianão positivo, sem ameaça de rebaixamento. Tivemos uma desenvoltura muito boa, as coisas foram dando certo e conseguimos acumular oito vitórias consecutivas na primeira fase, e por fim, chegando pela primeira vez à final do Baiano. Conseguimos fazer uma montagem de um elenco positiva, com atletas escolhidos a dedo, trazendo atletas que combinavam com o modelo de jogo proposto. – Disse
– Tivemos alguns problemas na final que não vínhamos tendo até a oitava rodada, que foram as lesões. Fomos bem no Brasileiro, participamos de um grupo bastante equilibrado. Enfrentamos uma equipe que nos tirou e conseguiu um acesso, que foi o América-RN. O América foi feliz nos dois jogos, soube jogar naquele momento. Perdemos o primeiro jogo em casa em um erro nosso e eles souberam jogar com inteligência na partida de volta, tendo uma estrutura defensiva boa. Mas é isso. Como eu disse, considero o trabalho bem feito não só por mim, mas por toda a diretoria e comissão técnica e, principalmente, o grupo de atletas, que compraram a ideia – Concluiu Rodrigo Chagas.
Um destaque curioso do trabalho de Rodrigo Chagas no Jacuipense foi a utilização de 18 atletas das categorias de base do clube durante o ano, proporcionando, inclusive, a ida de alguns deles a equipes tradicionais do país. No entanto, isso já não é nenhuma novidade para o ex-lateral direito do Vitória, que também comandou o Leão em 23 oportunidades em 2021 e utilizou muitos atletas forjados pelo rubro-negro baiano.
– Quando a diretoria entrou em contato comigo, eles sabiam que eu tinha um perfil de trabalhar atletas em transição da base ao profissional. Foi muito positivo poder utilizar esses jovens e mesclar com a experiência dos mais experientes, e ver que alguns deles foram para grandes clubes do país é ter a certeza que o nosso trabalho foi bem feito. Por exemplo, temos Newton, Cabral, Paulo Miranda e Amaral no Botafogo. Raylan, para mim um dos principais destaques do Jacuipense, hoje está no Vila Nova. Tenho certeza que o Jacuipense irá colher bons frutos com esses e outros atletas – Comentou.
Com o fim da temporada no Jacuipense, Rodrigo Chagas se prepara para fazer o curso de licença A de treinadores da CBF, que será no Rio de Janeiro, do dia 18 ao dia 25 de setembro. Na sua turma, nomes como Oswaldo de Oliveira e Eduardo Barroca estarão presentes. Para o treinador, é uma oportunidade para aprender ainda mais sobre o futebol e de trocar experiências com outros grandes nomes do futebol brasileiro.
– É muito importante estar em constante aprendizado, afinal, não nascemos sabendo e jamais estaremos 100% prontos. Temos que estar colhendo todos os dias a sabedoria, aprendendo sempre com outros profissionais. O curso serve para isso, para colher informações e colocar em prática no futebol, que não é verdade absoluta e cada um tem a sua forma de trabalhar. É importante a questão do networking também, oportunidade para encontrar alguns amigos que já temos no esporte e de fazer novas amizades – Concluiu.