Futebol Internacional

Rodrygo sobre pressão de atuar por Real Madrid e Brasil: ‘Não teria como continuar se eu não aguentasse’

Rodrygo comemora gol pelo Real Madrid (Foto: Yasser Bakhsh | Getty Images)

Brasileiro ressaltou que merengues mudaram forma de jogar após chegada de Bellingham

Foto: Yasser Bakhsh | Getty Images

Rodrygo se tornou uma peça importante do Real Madrid e do Brasil. Mesmo jovem, o atleta lida bem com a pressão de atuar por um dos maiores clubes do mundo e a seleção com mais títulos de Copa do Mundo. Nesta Data-Fifa, o jogador enfrenta a Inglaterra e a Espanha. Antes do duelo com os ingleses, o brasileiro concedeu entrevista ao The Guardian. O atacante começou falando sobre a velocidade do futebol.

Siga o Esporte News Mundo no InstagramTwitterFacebook e Youtube.

“O tempo passa rápido e você fica feliz e triste ao mesmo tempo, porque tudo vai acabar em breve. Temos que estar mais focados e trabalhar mais para fazer história. Há momentos em que penso: ‘Caramba, não sou mais o mais jovem da equipe’. Mas posso dizer que estou feliz por ter essa experiência. Mesmo sendo muito jovem, já sou tratado como uma pessoa madura e ajudo os recém-chegados o máximo que posso .”

Atleta do Real Madrid e da Seleção Brasileira, Rodrygo comentou o que significa atuar por dois emblemas gigantes do futebol mundial.

“Hoje jogo pela seleção e pelo maior clube do mundo. Se eu não quero que esses dois pressionem, alguma coisa está errada. Não teria como continuar se eu não aguentasse. Nunca vou conseguir me contentar em perder. Essa é a mentalidade do Real Madrid e da seleção. Penso sempre em ganhar. É isso que está na minha cabeça. Preciso vencer para agradar a torcida brasileira e o Real Madrid. Todo mundo está um pouco assustado. Algumas pessoas sabem lidar melhor com o medo do que outras. Essa é a diferença. Há realmente muita pressão. Não há descanso no futebol. Se ganhar na quarta-feira, é o melhor do mundo. Se perder no domingo, é o pior do mundo. É preciso ter equilíbrio.”

Apesar das boas atuações que vem tendo, Rodrygo não escapa das críticas. O jogador contou como lida com isso.

“Tento não me preocupar com o que as pessoas vão dizer. Precisamos ter cuidado com a nossa saúde mental. Aconselho todos, não só os jogadores, a procurarem um psicólogo. Comecei em março do ano passado. Foi meu pai quem sugeriu. No começo eu não queria fazer porque tinha o preconceito de achar que era algo para pessoas com problemas. Quando o fiz, percebi que a psicóloga era alguém que estava lá para me ajudar.”

Assim como outros atletas negros, Rodrygo também já foi vítima de racismo. O atacante falou sobre alguns episódios que viveu.

“Sofri racismo nas redes sociais de muitos argentinos. Foi uma situação muito triste e que te afeta. Fiquei muito triste. Mas rastreamos todos os perfis que me enviaram abusos. Muitos deles devem ter se assustado nos últimos dias quando receberam a ação. As pessoas acham que podem escrever o que quiserem nas redes sociais, mas depois são processadas em casa por isso.”

+ Ex-promessa do Barcelona, Halilovic diz que comparação com Messi o atrapalhou

+ Mbappé não comenta possível acerto com o Real Madrid

A temporada de Bellingham, que vem tendo ótimas atuações em seu primeiro ano de Real Madrid, foi assunto. Rodrygo enfrenta o companheiro de clube neste sábado, no amistoso entre Inglaterra e Brasil.

“Não há muitos jogadores ingleses na La Liga, mas o Madrid foi perfeito para ele. Tudo se encaixou muito bem para ele. A forma de jogar dele se encaixa bem no nosso plano de jogo para este ano. No ano passado jogámos de uma forma diferente, como o Real Madrid sempre jogou, mas este ano a formação mudou e funcionou muito para ele e para as características que traz. É muito bom.”

 Por fim, Rodrygo ressaltou como é importante as pessoas próximas te dizerem a verdade e te aconselharem.

“Tem coisas que você não quer ouvir, que as pessoas próximas não vão te contar, mas que você realmente precisa ouvir. Dorival me enfrentou desde o início. Isso é bom porque já estou mais ativo, preparado e consciente da minha responsabilidade. Não há idade para ser repreendido. Ele mostrou que vai tratar todos os jogadores da mesma forma. É uma nova geração da qual faço parte e posso ser um de seus líderes. Sei o que posso trazer para a equipe. Sei que a torcida espera muito de mim”, concluiu.

Clique para comentar

Comente esta reportagem

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

As últimas

Para o Topo