O São Paulo venceu mais uma partida do Campeonato Paulista na última quarta-feira (15), no Morumbi, contra a Inter de Limeira. O Tricolor goleou por 5 x 1 e se consolidou com o melhor ataque da competição, com 17 gols marcados, mesmo número de pontos até aqui, deixando a equipe de Rogério Ceni na liderança do Grupo B e com a segunda melhor campanha geral.
O técnico são-paulino falou sobre a grande vitória do São Paulo e exaltou a participação dos jogadores formados no clube, que estão suprindo a ausência dos titulares lesionados: “Foi um bom jogo que nós fizemos. Acho que pelo número de desfalques, os jogadores que estavam fora, valorizando também o número de garotos que tinha hoje, mostra que o clube, através de Cotia, ainda consegue fornecer material humano mesmo na ausência de grandes jogadores, então temos que valorizar os garotos que entraram e fizeram um bom jogo”, disse.
Rogério Ceni também falou sobre a boa fase que vive o meio campista Galoppo, quem vem sendo uma ‘dor de cabeça boa’ para o treinador: “Eu acho muito mérito pelo trabalho dele, é um menino dedicado que trabalha pesado e vem passando por um momento ótimo. Também passa pelo mérito nosso de tentar uma posição mais adiantada à ele, onde ele cumpra menos funções táticas e tenha mais liberdade já que tem essa facilidade de fazer gols”, completou.
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Confira outras respostas do técnico Rogério Ceni na entrevista coletiva pós-jogo:
O São Paulo do Segundo teve a ‘cara’ do Rogério Ceni?
– No primeiro tempo nós fomos um pouco lentos e tivemos problemas de ajustes de posicionamento. Pedimos no segundo tempo que o Galoppo jogasse mais junto do Calleri, próximos à área e o Neves penetrasse um pouco mais para que tivéssemos mais um homem entre linhas, com ele, Nestor e Rato. Também destacar a participação positiva do Caio e Nathan, que ocuparam bem aquele espaço. Gostei bastante do Nathan defensivamente, o Caio adaptado à função, eles não tem a construção como principal virtude, mas abrem espaço para flutuação dos meias. Depois que eles (Inter de Limeira) cansaram, os espaços começaram a aumentar, as entradas também foram boas, foi um dia bacana para a gente comemorar.
Jogadores polivalentes vão ganhar mais chances?
– Eu sempre gosto de jogadores que possam exercer mais de uma função. Primeiro porque precisa de menos gente para trabalhar no dia a dia e isso barateia o custo de um elenco para o clube, automaticamente cada um tem mais minutos, menos gente descontente se tem.
Pretende poupar o Wellington Rato, já que ele participou de todos os jogos até aqui?
– Quando saiu o terceiro gol, ele foi a primeira peça que pensei em tirar. Estava na dúvida de quem eu colocaria para jogar no lugar dele. No fim, o Pedrinho acabou entrando e fazendo um belíssimo gol, mas sei que ele fica desconfortável naquela posição. O Rato é um jogador que estamos segurando o máximo de minutos que podemos porque ele jogou todas as partidas, então foi a primeira peça que tive convicção de tirar.
O quanto os zagueiros influenciam para o time ter o melhor ataque da competição?
– Muito. Boa parte da construção se dá principalmente pela entrada do Beraldo, que vem se destacando muito no quesito construção e o Alan também é um jogador que constrói muito bem, eles iniciam toda a construção. Hoje não temos laterais construtores, como o Rafinha, então precisamos muito do auxílio dos zagueiros e volantes para levarem a bola ao campo adversário. Temos que melhorar um pouco a velocidade na troca de passes, mas eles têm sido fundamentais.
Por que tantas lesões?
– O Reffis hoje é bem melhor administrado, com uma boa equipe de fisioterapeutas. Eu acho que algumas lesões são fatalidades com as do Rafinha e Ferraresi, contra o Palmeiras. Muitas das lesões são decorrentes de cirurgias do ano passado como o caso do Moreira, Caio, Arboleda. Então tem muitos jogadores que passaram por cirurgias sérias e quando você perde, acaba tendo que usar mais seguidamente. Curiosamente, dois velocistas que tiveram lesão de posterior, Erison e David, não fizeram a pré-temporada com a gente, foram usados ao extremo e tiveram lesão. O Welington jogou todos os jogos, então a explicação é simples: Quando se tem mais de uma peça por posição, economiza nas lesões musculares.
Como você enxerga o processo de renovação contratual do Luan?
– Eu espero que dê certo. O Luan é um jogador importante para nós e espero que ele possa ficar. Entendo que um jogador da qualidade dele ficando livre, vão ter times interessados. Conversei bastante com ele ontem, quero dar mais minutos para ele, que ele esteja cada vez mais junto com a gente e que ele entre numa melhor forma física. Torço para que a renovação aconteça, é um jogador que gosta muito do clube e acho que através disso possa ser uma oportunidade para que o clube consiga convencer o jogador a uma renovação.
O que acha do aumento do limite de jogadores estrangeiros?
Abre um leque de oportunidades para outros clubes que tenham condições financeiras favoráveis para contratar grandes jogadores, ou seja, acho que outros clubes vão se beneficiar da alteração que foi feita e a gente vai poder usar os nossos sete jogadores. É um mercado interessante para os clubes que estão em dificuldades financeiras poderem encontrar bons negócios fora do país, é o que faz a roda do futebol girar.
