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Russo radicado no Brasil brilha no Arnold Classic 2025

Goodvito a direita (Foto: Rodrigo Dod)

Resultados do Arnold Sports 2025 em São Paulo (SP).

Rodrigo Dod
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De 4 a 6 de abril, o Arnold Sports Festival South America ocupou o Expo Center Norte, em São Paulo (SP), e consolidou sua fama de ser muito mais do que uma feira fitness — é a verdadeira “Olimpíada dos esportes não olímpicos”.

O Arnold Sports Festival South America contou com a tradicional competição de bodybuilding Arnold Classic, organizada pela Musclecontest e Savaget Group, que distribuiu cards profissionais a atletas que sonham em seguir os passos de lendas como Ronnie Coleman, Arnold Schwarzenegger e Ramón Dino.

As disputas incluíram categorias para amadores e profissionais, como bodybuilder e wheelchair. Ugolnikov “Goodvito” Vitalii e Josué “Gorila Albino” Monteiro foram os grandes vencedores entre os profissionais.

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Na sexta-feira (4), o destaque foi Maiara Rotta, que venceu a nova categoria fit model e se tornou a primeira brasileira profissional da divisão. Outros atletas que conquistaram o pro card foram: Talita Santos (figure), Emanuele Silveira (women’s physique) e Leonardo Barbosa (bodybuilder amador).

No sábado (5), Brenda Iracema venceu a categoria bikini em sua estreia no Arnold Classic South America. Já Eduardo Falcão conquistou o título na Classic e também garantiu o diploma profissional.

Entre os profissionais do wheelchair, quem brilhou foi o Gorila Albino, enquanto Goodvito, russo radicado no Brasil, superou Leandro Peres na final e se colocou entre os dez melhores bodybuilders do mundo.

“Agora quero ter um físico maior, com mais qualidade e mais volumoso. Preciso trabalhar ainda mais para brilhar no Mister Olympia”, afirmou Goodvito, demonstrando ambição e foco para os próximos desafios.

No domingo (6), Arthur Pontes levou o ouro na men’s physique e, na wellness — categoria na qual o Brasil é referência mundial —, quem se destacou foi Jessica Oliveira.

Força (Foto: Rodrigo Dod)
Força (Foto: Rodrigo Dod)

Outro nome que chamou atenção foi Willian Brito Piovezan, o famoso Bitelo, que quebrou o recorde mundial de levantamento terra (341 kg). O feito aconteceu pouco antes de sua primeira competição oficial de powerlifting, no próprio Arnold Sports Festival South America.

A modalidade reúne três provas: levantamento terra, agachamento e supino. Bitelo, sucesso nas redes sociais, também emocionou ao reforçar sua missão de inspirar jovens:

“Quero motivar a galera a buscar o caminho certo e lembrar sempre da família. Nunca imaginei viver algo assim, vindo de uma realidade bem diferente. A recepção calorosa do público me surpreendeu e me emocionou.”

Entre os esportes que testam os limites do corpo, o strongman foi um dos mais aplaudidos. Apesar do nome em inglês significar “homem forte”, a modalidade também contou com mulheres dando show em provas que envolvem empurrar, levantar, carregar e lançar pesos.

“O strongman, em poucas palavras, é um atletismo de força. O atleta é testado em várias capacidades: força absoluta, explosão, resistência cardiovascular”, explicou Marcos Ferrari, da Confederação Brasileira de Strongman – CBSM.

“O que atrai tanta gente é esse imaginário do super-herói. Os atletas parecem personagens de filme, fazendo coisas que, pra maioria, seriam impossíveis. É isso que mexe com o público — ver alguém fazendo algo que parece sobre-humano.”

Histórias que inspiram
O evento também foi palco de trajetórias de superação, como a de Klebson Diego, que cruzou o país em uma vaquinha para competir na calistenia. “Foram três dias de ônibus, mas estar aqui é um sonho realizado”, disse o atleta de Altamira (PA).

A calistenia, que usa apenas o peso corporal em exercícios como flexões, barras fixas e pranchas, teve um espaço especial este ano.

“Como atleta e organizador de eventos, eu fico muito feliz de ver a calistenia ganhando esse espaço, tanto no cenário brasileiro quanto, principalmente, no internacional. Hoje o mundo inteiro está acompanhando essa competição e vendo o quanto somos capazes de entregar qualidade — tanto no nível dos atletas quanto na estrutura, comparável às grandes competições da Europa e dos Estados Unidos”, afirmou Troia Lima.

Música, dança e coreografias também marcaram presença e trouxeram leveza ao ambiente esportivo. O cheerleading reuniu crianças e adolescentes em apresentações que misturavam dança, acrobacias e muita animação — lembrando os clássicos filmes adolescentes norte-americanos.

“Tudo começou mesmo no ambiente universitário, que deu essa visibilidade inicial. A partir daí, os ginásios passaram a investir na formação de crianças, e isso tem feito toda a diferença. Graças a Deus, o esporte está evoluindo muito bem. Cresce a cada ano, é até impressionante. Ainda é considerado novo por aqui, mas o desenvolvimento é visível”, contou Lucas Maia, da Confederação Brasileira de Cheerleading & Dança.

Capoeira, jiu-jitsu, boxe e muay thai também fizeram parte da extensa grade de competições.

Vitrine para o mercado
Com mais de 220 marcas expositoras e expectativa de movimentar R$ 1 bilhão em negócios, o Arnold Sports Festival South America também se consolidou como uma vitrine estratégica para os setores de fitness, nutrição e bem-estar.

O evento é patrocinado por Integralmédica, Max Titanium, Panatta, Smart Fit, Black Skull, Champion Watch, NaturalPraPet e Shark Pro Suplementos.

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