Paralimpíadas

Saiba tudo sobre os Jogos Paralímpicos de Paris 2024

Brasil Paralimpíadas. Foto: Ale Cabral / CPB

Delegação brasileira busca superar o número de medalhas de Tóquio.

Foto: Ale Cabral / CPB

A Paralimpíada de Paris 2024 vai acontecer entre os dias 28 de agosto e 8 de setembro. Assim como na Olimpíada, encerrada nesse domingo (11), a cerimônia de abertura será fora de um estádio. O evento que abre a competição acontece na Champs-Elysées.

É a primeira vez que Paris é cidade-sede dos Jogos Paralímpicos de Verão. Os eventos também serão realizados em locais situados ao redor de Paris, como nos subúrbios de Saint-Denis, Versalhes e Vaires-sur-Marne. A organização declarou que a escolha dos locais deveu-se à facilidade para a locomoção dos esportistas e, também, para que o público possa visitar os lugares mais conhecidos de Paris.

As Paralimpíadas vão reunir mais de 4.400 dos melhores atletas paralímpicos do mundo de 185 países. Ao todo, eles vão disputar 22 modalidades esportivas valendo medalha. A maioria das competições esportivas paralímpicas ocorrerão em arenas, estádios e centros esportivos; mas algumas serão realizadas em pontos turísticos da capital da França.

Pela primeira vez, uma mascote paralímpica tem uma deficiência. A mascote das Paralimpíadas de Paris 2024 chama-se Phyrge e tem uma prótese na perna.

Os Jogos Paralímpicos são mais do que apenas um evento esportivo – eles oferecem uma oportunidade única para chamar a atenção do mundo para o esporte e a deficiência, inspirar indivíduos, provocar mudanças sociais e promover oportunidades profissionais e esportivas mais inclusivas às pessoas com deficiência. Os Jogos Paralímpicos Paris 2024 irão ver toda a França embarcar em uma aventura diferente de tudo o que já experimentou. 

O BRASIL NOS JOGOS PARALÍMPICOS DE PARIS 2024

A delegação brasileira já começou a enviar seus atletas a Paris, esta que será a maior delegação brasileira anunciada para a edição dos jogos fora do Brasil, serão 254 atletas paralímpicos, 19 atletas-guia, sendo 18 do atletismo e 1 do triatlo, três calheiros da bocha, dois goleiros do futebol de cegos e um timoneiro do remo, totalizando 279 competidores na capital francesa. O maior número de atletas participantes do Brasil ocorreu nas Paralimpíadas do Rio 2016, onde o país sediou o megaevento, na ocasião, foram 278 atletas com deficiência a participarem dos Jogos Paralímpicos.

Expectativas de medalhas

O Brasil é uma potência nos Jogos Paralímpicos, sempre disputando as primeiras posições no quadro de medalhas, e em Paris não deverá ser diferente. O Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) espera superar o número de medalhas conquistadas nas Paralimpíadas de Tóquio 2020, que empatada com Rio 2016, foram os jogos em que mais conquistaram medalhas, porém conquistando mais medalhas de ouro em solo japonês, sendo 72 medalhas no total e 22 de ouro. É esperado entre 70 a 90 pódios, fazendo uma campanha igual ou superior a Tóquio, e espera-se que o Brasil termine os jogos pelo menos entre os oito primeiros colocados no quadro de medalhas.

A modalidade que mais deu medalhas para o Brasil na história da Paralimpíadas foi o atletismo, que deu nada mais nada menos do que 170 medalhas, sendo 48 medalhas de ouro, e teve sua melhor participação na Rio 2016, que renderam 72 medalhas, sendo 46% das medalhas daquela Paralimpíada para o Brasil. O Brasil também é uma referência na natação, que tinha em Daniel Dias, a maior referência da modalidade e o maior medalhista paralímpico da história, mas que se despediu nas paralimpíadas de Tóquio, ajudando o Brasil a conquistar 125 medalhas na natação, sendo 27 apenas de Daniel.

Os atletas em destaque

Phelipe Rodrigues – Após a saída de Daniel Dias, o pernambucano é o brasileiro convocado para os Jogos com mais medalhas na história da competição. O nadador da classe S10 (limitação físico-motora) conta com oito pódios paralímpicos na carreira. Desde Pequim 2008, Phelipe conquista ao menos uma medalha por Paralimpíada, especialista nas provas de velocidade (50m e 100m) do nado livre, ele soma cinco pratas e três bronzes no currículo.

Edênia Garcia – É a atleta brasileira com mais participações em Paralimpíadas, a cearense chega a Paris para a sua sexta participação nos jogos, a única dessa edição a ter esse feito. A atleta já conquistou três medalhas paralímpicas, duas pratas e um bronze, todas na prova dos 50m costas, sua especialidade.

Victor dos Santos Almeida – O atleta mais novo da delegação brasileira em Paris é o paulista da classe S9 (limitação físico-motora), que completou apenas 16 anos em maio. Apesar da pouca idade, Vitinho, como é conhecido, já tem experiência internacional. Em novembro do ano passado, com 15 anos, foi campeão parapan-americano nos 100m costas, em Santiago, no Chile.

Eugênio Franco – O atleta mais experiente da delegação brasileira em Paris, o cearense de 64 anos. Campeão Parapan-Americano em Santiago, o atleta iniciou no tiro com arco em 2011 quando desenvolvia estágio de pós-doutorado em Portugal.

Bruna Alexandre – A catarinense do tênis de mesa fez história ao se tornar a primeira atleta paralímpica brasileira a disputar uma edição de Jogos Olímpicos e Paralímpicos no mesmo ciclo. Precisou amputar o braço direito por conta de uma trombose esteve presente em quatro dos oito pódios brasileiros na modalidade até o momento nos Jogos — três pratas e cinco bronzes.

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