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Saúde: No dia do Psicólogo, conheça a importância deste profissional no esporte

No dia 27 de agosto, dia do Psicólogo, profissional fala sobre a importância desta ciência na prática esportiva.

Foto: Divulgação

O papel do psicólogo no esporte tem ganhado destaque, quebrando antigos tabus e se estabelecendo como uma parceria indispensável.

Celebrado em 27 de agosto, o Dia do Psicólogo é essencial para reconhecer e valorizar a importância que esses profissionais desempenham na sociedade, valorizando o bem-estar e saúde mental.  Nos últimos anos, o papel do psicólogo no esporte tem ganhado destaque, quebrando antigos tabus e se estabelecendo como uma parceria indispensável.

Historicamente, muitos clubes e profissionais do esporte não viam a necessidade de um psicólogo esportivo. No entanto, com o aumento da visibilidade de questões relacionadas à saúde mental e o reconhecimento do impacto desses fatores no desempenho dos atletas, a presença de psicólogos no esporte tornou-se uma prática cada vez mais comum e valorizada. 

A atuação de profissionais como o psicólogo Adriano Barbosa é um exemplo claro de como a psicologia pode transformar o esporte e apoiar os atletas em sua jornada para o sucesso. Ele é atuante na psicologia esportiva e também psicanalista, e destaca em entrevista ao Esporte News Mundo a importância da profissão no cenário esportivo. 

Qual a importância da psicologia na vida de um profissional esportivo?

Primeiro, é preciso levar em consideração que todo e qualquer profissional, independentemente se é do campo esportivo ou não, sempre chega ao consultório trazendo demandas “embaralhadas”, ou seja, “suas vidas” encontram-se totalmente misturadas e suas emoções e sentimentos se atropelam a todo o instante, o que causa sofrimento. Mas me parece que, na vida de um profissional do esporte, isso tudo é elevado à décima potência, e o auxílio de um profissional de psicologia passa a ser primordial. A psicologia esportiva é uma linha ou um braço mais recente da ciência Psicologia, mas que tem sido de grande relevância, principalmente para profissionais que buscam o tão sonhado equilíbrio entre a vida pessoal e a profissional.

Como a psicologia pode ajudar um atleta emocionalmente mediante lesões e o tempo de recuperação?

É muito recorrente em consultório os profissionais em sofrimento quando cometidos por lesões ou doenças. Uma ressalva, que é importante salientar, as lesões e doenças e daí o tempo de recuperação também podem afetar outras pessoas “do grupo” a sua volta. Por exemplo, um técnico, que tem seus principais atletas lesionados e não encontra saída para lidar com o momento, pode de certa maneira também “adoecer”.

A Psicologia, e neste ponto específico a Psicologia do Esporte, usará de ferramentas específicas que atenderão o paciente de modo individualizado, mas focando de modo global as suas questões através de uma escuta que não lhe atravessa em julgos ou mais pressões desnecessárias.

Na relação mente e corpo, como as emoções podem afetar um atleta fisicamente?

O ser humano é sabidamente uma espécie de “máquina” que vive em dualidade com o corpo físico e suas emoções. Uma precisa estar em conexão sadia com a outra para que ambas possam responder sadiamente às necessidades do dia a dia. O profissional do esporte lida de maneira muito direta com muitas emoções e sentimentos em sua trajetória. Acredita-se que tais emoções e sentimentos, quando não são “sadios” e não são compreendidos e tratados, podem aparecer por meio de doenças no corpo físico. Psoríase, queda brusca de cabelo, falta de apetite, perda de massa muscular, dores de cabeça constantes, entre outros sintomas, não raro são queixas oriundas de uma relação mal administrada entre mente e corpo.

Quais estratégias podem ser usadas para desenvolver uma mentalidade mais forte e lidar com a situação?

As pressões para um profissional do esporte se confundem o tempo inteiro, como já dito. Por isso, a primeira estratégia é compreender a importância da ciência Psicologia para o auxílio de seu desenvolvimento como atleta e pessoa. Cada pessoa tem uma história de vida e demandas específicas, e o que serve de estratégia para “A” pode não servir em nada para “B”, ou seja, não existe uma receita de bolo.

O cliente/paciente e seu psicólogo encontrarão os melhores caminhos para primeiro reconhecer tais pressões e, em seguida, aliviar e extinguir cada uma delas, sempre de maneira individual. Urge a necessidade de todos os profissionais do esporte optarem cada dia mais em iniciar uma terapia, para seu bem estar em todos os campos de sua vivência.

Com colaboração de Natália Nascimento

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