O jogador de vôlei Maurício Souza se filiará nesta terça-feira (15) ao PL, partido do presidente Jair Bolsonaro, para ser candidato a Deputado Federal por Minas Gerais nas eleições de 2022. O central, que foi campeão olímpico com a seleção na Rio-2016, está sem time desde outubro do ano passado, quando foi demitido do Minas Tênis Clube por fazer comentários homofóbicos.
Na época, em postagem no Instagram, o atleta reclamou da presença de relações homoafetivas na história em quadrinhos do “Super-Homem”. Inicialmente, o Minas queria manter Maurício no elenco, mas devido à pressão dos patrocinadores teve que rescindir o contrato com o atleta.
Por causa dos comentários preconceituosos, o jogador também teve portas fechadas na seleção brasileira de vôlei. Em entrevista ao jornal O Globo, o treinador da equipe, Renan Dal Zotto, disse que “não tem espaço para profissionais homofóbicos na seleção”.
A repercussão do caso fez com que Mauricio ganhasse mais dois milhões de seguidores nas redes sociais, em sua grande maioria apoiadores de Jair Bolsonaro, que defendeu o jogador na época do caso. Desde então, sua conta no Instagram ganhou cunho profissional, com mensagens em tom político eleitoral alinhadas ao presidente da República.
Ainda assim, Maurício Souza já manifestava apoio público a Jair Bolsonaro muito antes disso. Na véspera das eleições de 2018, ele e outros atletas da seleção brasileira de vôlei posaram para fotos fazendo o número 17 com as mãos, em referência ao código eleitoral de Bolsonaro naquele pleito.