Neste domingo, 23, os sócios do São Paulo foram ao clube para a votação da reforma estatutária proposta pelo Conselho. No total, 1329 sócios compareceram e por 818 a 506, com cinco abstenções, o “não”, para a não aprovação do novo estatuto, saiu vencedor.
Em seu instagram, o presidente Julio Casares, que nas últimas semanas fez campanha pela aprovação da reforma dentro do clube, emitiu um comunicado sobre o resultado da votação. O dirigente informou que deve ser feita a vontade dos sócios, sem recontagem dos votos e parabenizou todos os envolvidos.
– Como sempre em minha vida, saúdo a democracia. A reforma estatutária proposta por um grupo de 82 conselheiros não foi aprovada hoje na Assembleia Geral. Ou seja, deve-se seguir a vontade do sócio, sem que seja feita recontagem de votos ou impetradas ações na Justiça — isso sim seria uma tentativa de golpe. Parabenizo a todos que lutaram por seus ideais nas últimas semanas – com respeito, todas as opiniões são bem-vindas. Seguimos em frente o nosso trabalho, com muito afinco e acreditando no fazer o melhor para o nosso São Paulo Futebol Clube.
A reforma gerou polêmica nos últimos meses, antes mesmo de entrar em votação pelo Conselho Deliberativo do clube. Inicialmente, ela seria votada como um todo, mas após pressão de associados e torcedores, a votação, que já havia sido adiada, foi desmembrada, votando cada uma das 24 pautas separadamente. Ao fim da assembleia, 14 das 24 mudanças foram aprovadas pelo conselho.
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Uma vez aprovada pelos conselheiros, para ser efetivada, a reforma teria que passar pelo crivo dos sócios do clube, que reprovaram a proposta neste domingo, 23. Durante o pouco mais de um mês entre as votações, as redes sociais foram movimentadas majoritariamente por torcedores e sócios contra a reforma.
No clube, porém, membros da atual gestão fizeram e diversos conselheiros fizeram campanha pelo “sim”. Entre as ações, o grupo promoveu jantares reservados em um restaurante do estádio do Morumbi. Em um dos convites, organizadores do evento pediam para os apoiadores indicarem oito sócios cada. Os jantares contaram com a presença do presidente, Julio Casares, do diretor institucional de futebol, Carlos Belmonte, e do diretor do social, Antonio Donizeti.
Entre as pautas da reforma, estavam a possibilidade de reeleição do presidencial, o aumento do mandato do conselheiros eleitos, de três para seis anos, ambas com efeito imediato. A mudança também permitiria aos conselheiros acumularem cargos executivos, aumentava o valor mínimo para que houvesse avaliação de um contrato firmado pelo clube.