O Vasco conquistou sua primeira vitória no Campeonato Carioca (e na temporada) após o triunfo por 3 a 1, contra o Macaé, nessa quarta-feira (24). Além dos três pontos, a partida trouxe mais boas notícias ao torcedor do Cruz-Maltino: o desempenho dos jovens da base.
Dos três gols marcados pelo time no duelo, dois deles vieram de jogadores oriundos da base: Pec e Galarza. O camisa 17 já vem com uma certa experiência. Revelado em 2019, Gabriel viveu momentos de altos e baixos, mas parece ter conseguido amadurecer e tem sido a principal peça do meio-campo vascaíno nesse início de temporada. Ele já marcou três vezes com a camisa Cruz-Maltina, neste Carioca, em cinco jogos disputados.
Já o paraguaio fez seu primeiro gol com a camisa do Gigante da Colina (um gol de placa) e demonstrou ter qualidades para se tornar um bom atleta no futuro. Porém, apesar de elogiar Galarza, Marcelo Cabo pregou cautela com as análises sobre o garoto:
– Quero ressaltar a importância do Siston, técnico do sub-20, e de toda a categoria de base. Trabalhamos de forma integrada. Eu acompanhei a Supercopa e outros jogos. Agora, o mérito de trazer ele para o profissional é do relatório feito pela base. (Galarza) É promissor, mas precisamos ter calma. O gol de hoje ele costuma fazer nos treinos. É ambidestro, é jovem, precisamos de calma. O jogo estava 2 a 1, difícil, e eu coloquei ele pois tinha segurança do que apresentou nos treinamentos. Além dele, Vinícius fez a jogada do pênalti. O Ulisses entrou bem também. Então, com os experientes ajudando, isso será muito importante – destacou.
Outros dois jovens que foram analisados por Cabo foram o zagueiro Miranda e o meia Juninho. Ele elogiou os dois atletas e destacou que pensa em modificar a posição de Miranda:
– São dois jovens, dois com 19 anos. Já pensei em colocar o Miranda de primeiro volante, tem bom passe, boa saída, ele vai proteger a área. Eu não gosto de improvisações, prefiro potencializar o jogador na sua posição. Apesar de jovem, liderou a nossa cozinha após a saída do Castan. O Juninho também está em formação. Ele teve mobilidade, protegeu a zaga. Ele só saiu por uma questão tática. A gente empatava e precisava de um time com mais coragem, usamos um 4-3-3 para pressionar mais eles – afirmou.
Já sobre a atuação de Talles Magno, o novo treinador vascaíno ressaltou que o atacante é um atleta jovem, em formação e que as oscilações são normais:
– Ele tem 18 anos e não está pronto. Ele vai oscilar, é normal. Eu passo muita confiança a ele, temos uma equipe que está trabalhando isso e todas as situações que ele está vivendo. Temos de ter paciência e cuidado ao cobrar. Se eu tivesse mais opções, eu já teria tirado ele. Ele fez só três treinamentos. Então, ele precisa de um preparo melhor, fazer trabalho físico, parar por uns 10 dias – disse.
Com o orçamento mais enxuto devido à pandemia da COVID-19, além da queda de receitas pelo rebaixamento para a Segunda Divisão, o Vasco deve apostar ainda mais nos jovens para o decorrer da temporada. As boas atuações e partidas maduras podem ser um alento para um ano de recuperação do Gigante da Colina.