Chapecoense

Startup criada na Chapecoense conquista espaço no mercado nacional

Márcio Cunha/Chapecoense

A ideia que nasceu dentro da Chapecoense para gerenciar o dia a dia do departamento do futebol, a solução de problemas se tornou em uma startup, que avança no mercado nacional e já planeja entrar no países europeus. A Beatscode, desenvolvedora de um aplicativo com habilidades de ajudar o controle interno dos clubes.

A Beatscode já conta com clientes conhecidos da Chapecoense, são eles: Palmeiras, Atlético-MG, Santos e Internacional, porém a Chape foi a primeira cliente da startup. Em 2015 o clube catarinense procurou a empresa para auxiliar os trabalhos dos funcionários do clube.

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– A Chape trouxe uma demanda grande que eles tinham em organizar as informações do departamento de futebol. Logística, programação de jogos, convocações, eram em planilhas, impressas, entregue na mão de quem viajava. O controle era manual, e tomava tempo. Dentro disso começamos a entender melhor e construir algumas telas, funcionalidades para atender. Outra situação eram os treinos, que aconteciam na Arena e no CT. Por vezes mudava de última hora, alguns jogadores não recebiam, e se apresentavam no local errado – explica Rodrigo Juko, um dos proprietários da Startup.

Após atender a primeira demanda, a plataforma seguiu em evolução para resolver outros prolemas internos nos times de futebol.

– Começamos a entender que, muitas vezes, a informação ficava na mão de um profissional e quando ele saia do clube, levava o histórico junto. Gerava delay nas trocas de comissões. Passamos a criar controles de planos de treinos, atendimento de fisioterapia, prontuário médico, anamnese nutricional, plano alimentar.

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– O objetivo como plataforma é fazer atendimento do departamento de futebol. Desde o contrato do atleta, período que está vinculado, se está apto a jogos, com BID ativo, cartões, todo o controle desde a chegada até a parte de avaliações de fisioterapia, fisiologia. Até quantas vezes ele fez um recovery na fisioterapia – explica.

Crescimento no Brasil

Em crescimento no futebol brasileiro, a Beatscode já conta com 17 clubes entre a Série D e Série A. No final desse ano a startup comemorou a chegada da maior cliente, a seleção brasileira. Em dezembro, o aplicativo foi contratado pela CBF para realizar o controle da seleção.

– Apesar da pandemia, crescemos e tivemos resultados financeiros. A economia não afeta nosso modelo, mas a tabela de classificação sim. Se o clube começa a perder, precisa mudar a estratégia. Em 2021, além de manter o clientes e auxiliar em títulos importantes, com Atlético-MG e Palmeiras, por exemplo, a grande conquista foi chegar no principal clube do Brasil, que é a Seleção Brasileira. Fechamos nas últimas semanas o acordo com a CBF e foi uma grande conquista – comemora Juko.

Interface do aplicativo — Foto: Reprodução
Interface do aplicativo – Foto: Reprodução

Outra etapa importante, segundo Juko, é o processo de adaptação da startup para clubes de fora do Brasil. O primeiro time europeu foi o CD Mafra, time português da segunda divisão, o clube irá ajudar em algumas das dificuldades encontradas nos clubes brasileiros, como documentos diferentes, por exemplo.

Com o crescimento, também vieram convites para mudar a startup para grandes centros, mas ela segue em Chapecó, em uma sala dentro de um parque tecnológico, criado para ajudar startups a se desenvolverem. O que mantem a Beatscode na cidade é mais do que o carinho com o local, mas a relação criada com a Chapecoense.

– A Beatscode significa para mim, como chapecoense, como torcedor da Chapecoense, o propósito é representar de alguma forma o Chinho, Sandro, Cadu, Maurinho, Décio (dirigentes vítimas da tragédia aérea de 2016), que foram pessoas que acreditaram na gente e deram oportunidade de entrar neste mercado, que não imaginávamos ser tão carente de tecnologia. O custo de logística é grande, mas esse laço, esse amor por Chapecó, essa gratidão, muito é por eles que se foram.

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