Apontado como um dos supostos líderes do esquema de apostas que abalou o futebol brasileiro, o empresário Bruno Lopez, que chegou a ser preso duas vezes durante as investigações, revelou bastidores das negociações para colocar o crime em prática. O relato foi dado em entrevista para o youtuber Cartolouco.
A “Operação Penalidade Máxima” atingiu a elite do futebol brasileiro e chegou a culminar no banimento de alguns jogadores envolvidos em esquemas de aposta, como Ygor Catatau, ex-Vasco. Bruno, que revelou ter entrado no golpe em junho de 2022, falou sobre como os atletas eram convencidos a participar.
– Sempre foi tudo consensual, eu nunca coloquei a arma na cabeça de ninguém. Era um dinheiro extravagante, que chamava atenção e crescia os olhos. Os atletas faziam por necessidade, não é porque tá jogando na Série A, Série B que ganha milhões, diferente do jogador na Europa.
Bruno Lopez teve prisões decretadas em fevereiro e abril, sendo apontado como um dos supostos chefes do esquema, mas está respondendo em liberdade no momento. Ele admitiu a participação, mas negou ter uma posição de destaque nos golpes.
– Me taxaram como o chefe da máfia, o que não é verdade, fui culpado e errei, me arrependo amargamente. O que pegaram no meu telefone, tudo já foi revelado, eu não desejo o que passei a ninguém. Tudo que vem fácil, vai fácil, perdi tudo, e muito mais, não vale a pena o caminho do erro, com atalhos que levam a lugares que não desejamos.
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A operação segue em andamento, e dezenas de jogadores já foram punidos por envolvimento. Recentemente, a FIFA ampliou as penas para a esfera internacional. Ademais, Bruno Lopez deu a sua opinião sobre como funciona o futebol nos dias de hoje.
– O futebol é sujo, hoje você pagando uma quantia, consegue colocar um atleta em uma equipe. Estando no futebol, você enxerga ele de outra maneira, hoje não vejo com a mesma seriedade, não só por causa de mim, isso já ocorre no futebol há muito tempo. Fui culpado e errei, mas não sou só eu que faço isso, e tem muita gente fazendo coisas piores.
