Futebol Internacional

Técnico do Al-Jeel, Luís Antônio Zaluar comenta evolução na Arábia Saudita

Luis Antônio Zaluar, técnico brasileiro do Al-Jeel
Divulgação/Al-Jeel

Não é novidade afirmar que o futebol saudita passa por uma grande transformação atualmente. Com a chegada de grandes estrelas no campeonato, o mundo tem colocado os seus olhos nos clubes locais. Com mais de três décadas de experiência como técnico na Arábia Saudita, Luís Antônio Zaluar, treinador do Al-Jeel, falou sobre o momento do esporte na região e a ida de craques ao país. O brasileiro comandou pela primeira vez um clube saudita em 1987, e desde 2019 está diretamente no país.

“Nesses 36 anos de convivência com o futebol saudita, sem dúvida teve uma mudança radical. Teve a evolução do futebol tecnicamente com o investimento, foram se estruturando. Era questão de tempo para tudo isso acontecer. É um país que respira futebol, e mudou muito, seja na evolução do gramado e dos atletas. Hoje é o auge do esporte no país, e estou muito feliz de participar desse momento. A chegada do Cristiano Ronaldo ano passado primeiramente, e agora com outras estrelas, fez a visibilidade do futebol saudita crescer. Após a Copa do Qatar principalmente, os sauditas perceberam que era possível concorrer com os grandes centros, pelo poderio financeiro. E podemos ver isso com as chegadas destes atletas, o campeonato sendo transmitido no Brasil inclusive com uma visibilidade boa da competição”, disse.

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Ao lado de Péricles Chamusca, comandante do Al-Taawoun, Zaluar é um dos únicos treinadores brasileiros no país atualmente. O técnico lamentou esse momento, mas acredita que é questão de tempo para que o Brasil coloque novos comandantes na Arábia Saudita. Atualmente, o treinador comanda o Al-Jeel, clube da Divisão 2 do país, o equivalente à terceira divisão. Mesmo assim, o brasileiro acredita que a mudança que o futebol saudita passa também impacta não só a elite, mas também os outros campeonatos do país.

“Acho que o treinador brasileiro ajudou a construir tudo isso que acontece agora. Fomos os pioneiros aqui na questão de treinadores estrangeiros, mas infelizmente, os brasileiros perderam um pouco de espaço e ficaram apenas eu e o Chamusca. Porém, o futebol brasileiro é muito respeitado por aqui, e acredito que seja questão de tempo para que mais técnicos venham para cá. Aqui temos quatro divisões muito qualificadas. Vemos muito esse impacto inicial na primeira divisão, mas muda muito também nas outras. Fui campeão da segunda e da terceira divisão por aqui e sei que são campeonatos muito competitivos. O investimento nas divisões inferiores também são consideráveis e sem dúvida vão ser grandes torneios, até porque os times querem estar na elite e ter a visibilidade que os clubes da primeira divisão estão tendo”, concluiu.

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