No comando da seleção desde 2016, o retrospecto de Adenor Leonardo Bachi, conhecido como Tite, é expressivo e surpreendente, mas ainda precisa ser coroado com o título da Copa do Mundo. Praticamente unânime entre os torcedores, Tite, campeão da Libertadores (2012), Mundial de Clubes da FIFA (2012), Campeonato Brasileiro (2011 e 2015), Paulista (2013), e Recopa Sul-Americana (2013) pelo Corinthians, chegou com a missão de reverter o cenário negativo da seleção brasileira em relação às últimas Copa, em que sofreu o 7 a 1 (2014) e quando foi eliminada pela Bélgica nas quartas de final do torneio (2018).
Anunciado em 20 de junho de 2016, Tite disputou 76 jogos no comando da amarelinha, participando das Eliminatórias para a Copa, Mundial de 2018 e Copa América, colecionando 57 vitórias e cinco derrotas, mas duas derrotas em partidas oficiais, trazendo um aproveitamento de 80% ao treinador. A primeira derrota aconteceu diante da Bélgica, partida que eliminou o Brasil da Copa de 2018, e a outra aconteceu na final da Copa América de 2020, para a Argentina.
ELIMINATÓRIAS – COPA DO MUNDO 2018
Tite assumiu estreou como técnico da seleção brasileira na primeira rodada das eliminatórias da Copa do Mundo, contra o Equador, jogo em que triunfou em 3 a 0. Antes dele, Dunga esteve à frente da seleção por seis jogos.
Veja os resultados dos jogos da seleção brasileira sob o comando de Tite nas Eliminatórias para a Copa de 2018:
- 8 jogos;
- 8 vitórias;
- 23 gols marcados
- 2 gols sofridos
A classificação foi confirmada na vitória de 2 a 1 sobre o Uruguai. Matematicamente, a seleção de Tite foi a primeira a garantir sua vaga na Copa do Mundo da Rússia em 2018. O Brasil terminou a fase eliminatória em primeiro lugar, com 41 pontos, dez a mais que o Uruguai, vice-líder.
COPA DO MUNDO – 2018
Em 2018, Tite escalou:
Zaga: Danilo, Fagner, Marcelo, Filipe Luís, Thiago Silva, Miranda, Marquinho e Geromel
Meio-campo: Casemiro, Fernandinho, Paulinho, Fred, Renato Augusto, Coutinho, Willian
Ataque: Neymar, Douglas Costa, Taison, Firmino, Gabriel Jesus
Nas mãos de Tite, Neymar, Gabriel Jesus e Coutinho foram os que mais marcaram pela seleção brasileira: 29, 19 e 17 gols, respectivamente. O quarto artilheiro da equipe foi Richarlison, com 15 gols, seguido de Firmino, com 13, e Paulinho, com 8.
Tite estreou na Copa do Mundo em uma partida contra a Suíça, que terminou em 1 a 1, na primeira rodada do Grupo E do torneio. Em seguida, venceu a Costa Rica e a Sérvia, assim, assumiu a liderança e fechou a fase de grupos com sete pontos, seguido da Suíça.
VEJA OS NÚMEROS:
- 3 jogos
- 2 vitórias
- 1 empate
- 4 gols marcados
- 1 gol sofrido
Nas oitavas de final, o Brasil enfrentou o México e venceu por 2 a 0, mas não avançou às quartas, já que perdeu para a Bélgica.
COPA AMÉRICA
Tite assumiu a seleção já na primeira rodada da fase de Grupos da Copa América, quando venceu a Bolívia por 3 a 0. Confira os números da seleção de Tite no torneio:
- 6 jogos
- 5 vitórias
- 1 empate
- 1 gol sofrido
- 13 gols marcados
A seleção conquistou o nono título do torneio contra o Peru, em uma vitória por 3 a 1, com gols de Cebolinha, Gabriel Jesus e Richarlison.
ELIMINATÓRIAS DA COPA DO MUNDO DE 2022
Em 2020, Tite esteve à frente da seleção por apenas quatro jogos, mas seu aproveitamento foi o melhor possível, 100%, nas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2022. Os brasileiros venceram a Bolívia, Peru, Venezuela e Uruguai. Já com o passaporte carimbado para o Catar, a seleção venceu todos os amistosos, veja os resultados:
- Coreia do Sul 1 x 5 Brasil – junho/22
- Japão 0 x 1 Brasil – junho/22
- Brasil 3 x 0 Gana – setembro/22
- Brasil 5 x 1 Tunísia
Invicta e, consequentemente, líder das eliminatórias com 42 pontos e 13 vitórias em 16 jogos, o Brasil se classificou para a Copa do Mundo no Catar depois da goleada de 4 a 0 sobre o Chile, no Maracanã.
SALDO DE GOLS
Ao todo, na era Tite, a seleção brasileira, além de bons resultados nas partidas, coleciona ótimas estatísticas. Em 76 jogos, foram 166 gols marcados e apenas 27 sofridos. Confira o gráfico:
Mesmo com bons resultados, Tite disse, Em entrevista ao jornal “Marca”, que tomou a decisão de deixar a seleção brasileira depois do término da Copa do Mundo no Qatar neste ano.
“Funciona com ciclos e você tem que respeitá-los. Vou terminar o meu e outro profissional vai chegar, é a vida. Foi decidido antes e por trás disso há maturidade, tempo, responsabilidade pelo cargo. Não vou gastar energia pensando se vou continuar, se não vou. Tenho que ganhar uma Copa do Mundo. Você tem que dar naturalidade. Sempre tive a ideia de não me perpetuar no cargo, é preciso oxigenar, as mudanças são boas. Eu também serei o novo em outro projeto.”, afirmou o técnico.
