Automobilismo

“Tive sorte”: Norris quase abandona GP da China por falha nos freios

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O que parecia mais uma corrida controlada para Lando Norris virou um verdadeiro teste de nervos nas voltas finais do GP da China, disputado no último domingo (23). O piloto da McLaren, atual líder do Mundial de Pilotos, enfrentou uma falha grave nos freios do seu carro e chegou a temer pelo abandono. Ainda assim, segurou a pressão e garantiu o segundo lugar — atrás apenas de seu companheiro de equipe, Oscar Piastri.

“Tive sorte de terminar a corrida”, admitiu Norris, ainda suando frio nos boxes, após cruzar a linha de chegada. “Foi uma situação crítica, e por alguns momentos achei que não conseguiria levar o carro até o fim.”

De oito segundos para 1.3: Russell colou

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O problema se intensificou nas duas últimas voltas, quando a diferença de Norris para George Russell, da Mercedes, caiu de confortáveis oito segundos para apenas 1,3 segundo. O terceiro lugar do britânico da Mercedes chegou a ameaçar o segundo posto de Norris, que, sem desempenho ideal, teve que apostar no instinto para defender a posição.

Mesmo com a queda de rendimento, Norris somou mais 18 pontos e manteve a liderança do campeonato, aumentando a vantagem sobre seus principais concorrentes — incluindo o próprio Russell e o tricampeão Max Verstappen, da Red Bull.

Freio no limite e jogo de bastidores

Segundo o chefe da McLaren, Andrea Stella, o problema nos freios começou a ser detectado cerca de 20 voltas antes do fim, mas a equipe optou por não alertar Norris imediatamente. A ideia era evitar que o piloto perdesse a concentração ou tomasse decisões precipitadas.

“Preferimos deixar que ele gerenciasse a situação com base no que sentia no carro. E ele fez isso com maestria”, elogiou Stella. “Lando mostrou maturidade e habilidade, mesmo com o equipamento contra ele.”

Corrida para lembrar — e corrigir

Apesar da tensão, a McLaren viveu uma tarde de celebração. Com a vitória de Piastri e o segundo lugar de Norris, a equipe conquistou uma dobradinha que a colocou no topo da classificação de construtores com 78 pontos, deixando Mercedes (57) e Red Bull (36) para trás.

Ainda assim, o problema no carro de Norris acende um alerta. A escuderia inglesa terá pouco tempo para entender e corrigir o defeito antes da próxima etapa, em Suzuka, no Japão, marcada para 6 de abril.

Liderança com gosto agridoce

Norris deixou a China sorrindo, mas com um leve gosto de alívio. O segundo lugar foi suado — talvez o mais tenso de sua carreira até aqui.

“Foi assustador. Mas estou feliz por pontuar e, principalmente, por terminar. Agora é resetar e focar no Japão.”

Porque no circo da F1, não basta ser rápido. Às vezes, é preciso ser frio — mesmo quando os freios falham.

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