Após o jogo entre Flamengo e São Paulo, realizado ontem, quarta-feira (14), uma torcedora denunciou nas redes sociais que foi vítima de assédio no meio da torcida. Segundo a mesma, ela foi segurada pelos braços em um dos corredores de acesso à arquibancada. Ao relatar o caso para policias militares, um deles teria afirmado “na próxima, deixa a mulher em casa”. Confira o relato completo feito na rede social da torcedora:
– Eu sofri assédio no Maracanã. Estava com três amigos meus. Eles estavam andando um pouco mais à frente e eu logo atrás, mexendo no celular. Estávamos nos deslocando para outro lugar, quando um homem parou na minha frente. Logo desviei dele e ao fazer isso, ele segurou o meu braço e me puxou para perto dele. Fiz força para não ir e ele continuou me puxando. Meus amigos já estavam até mais na frente. Quando eu percebi que ele não ia me soltar, eu gritei para os meninos que estavam comigo e eles partiram para cima do cara.
Em seguida, os amigos de Aline intervieram na situação. Foi quando os policiais chegaram e um dos agentes soltou a afirmação:
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– Dito isso, tinham policiais no corredor. Bastante, inclusive. Quando meus amigos vieram, os policiais foram separar a confusão e um dos meus amigos falou que o cara tinha me assediado. O policial virou para ele e falou: “na próxima vez, você deixa a mulher em casa”.
– Em pleno 2022, após uma mulher ser assediada por um homem dentro de um estádio, ela ouve que, na próxima vez, você deve ficar em casa. Não! Na próxima vez, eu não vou ficar em casa. Na próxima vez, vou assistir ao jogo no estádio de novo, porque mulher tem esse direito. Eu tenho direito de assistir ao jogo no estádio e ser respeitada. Não é porque eu sou mulher e estou em um estádio que um cara pode me assediar.
Em seguida, Aline agradece aos seus amigos:
– Obrigada aos meninos, que logo me defenderam. Não sei o que poderia acontecer se eu estivesse sozinha, porque ele não me soltou enquanto os meninos não viram que eu estava sendo segurada.
Aline registrou um boletim de ocorrência contra o acontecimento. De acordo com ela, o homem que a assediou deixou o local antes de ser interceptado pela polícia. A reportagem entrou em contato com a Polícia Militar, que se limitou a informar que, até o momento, não foram feitos registros formais sobre a ocorrência.
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