Os torcedores presentes para acompanhar o amistoso da Seleção Brasileira feminina contra o Japão tiveram uma situação incômoda e diferente na Neo Química Arena. Alguns torcedores utilizaram as redes sociais para expor que torcedores com camisas do Corinthians ou de outros clubes brasileiros foram impedidos de entrar na Neo Química Arena.
Por orientação da entidade, alguns torcedores acabaram tendo que entrar de forma constrangedora na arquibancada. Um dos casos é o de Leo, criança de três anos, que foi ao estádio com um conjunto do Corinthians, camisa e shorts, mas acabou tendo que entrar apenas de cueca e tênis.
Antes do jogo não havia a informação da proibição de camisas no local, além de não ser algo comum em jogos da Seleção Brasileira. De acordo com relatos, foi uma decisão tomada pela Neo Química Arena por questões de seguranças, mas sem detalhes.
Posição da CBF, Polícia Militar e Corinthians
Em nota à reportagem, a CBF diz que “a decisão de proibir a entrada de torcedores com camisa de clubes não partiu da Confederação Brasileira de Futebol. Além disso, a entidade reiterou que “defende a manifestação do torcedor com o uso da camisa de seu time“.
O Corinthians, por sua vez, informou ter cedido o estádio para o amistoso da seleção brasileira feminina e que o evento é “promovido e de responsabilidade da CBF”.
A Polícia Militar explicou que o protocolo usual de São Paulo consiste em proibir a entrada de uniformes de clubes visitantes – pela determinação da torcida única – e que à medida que torcedores começaram a chegar com camisas de time na Neo Química houve uma dúvida sobre qual o protocolo a aplicar neste caso. Assim, proibiram a entrada enquanto aguardava-se uma decisão do superior da PM.
Na Neo Química Arena, a seleção brasileira feminina venceu o Japão por 4 a 3, de virada, em amistoso da Data Fifa. O Brasil ainda terá uma segunda partida contra as mesmas adversárias no domingo, no Morumbi, e depois na quarta-feira, contra a Nicarágua, em Araraquara.