Tribunal de Justiça Desportiva do Amapá (TJD-AP) excluiu os quatro semifinalistas do Campeonato Estadual, julgando procedentes as denúncias de escalações irregulares de atletas do Trem, Oratório, Santos e Independente. A decisão, ainda em primeira instância, cabe recurso.
A punição não foi decidida por unanimidade. De acordo com a ata do julgamento realizado em 30 de abril, o auditor Felipe Santana votou contra a exclusão dos times e sugeriu a realização de novas partidas entre os clubes envolvidos, mas não teve o pedido acatado.
Além da exclusão, Independente, Oratório e Trem receberam multas de R$ 4 mil, enquanto o Santos, foi multado em R$ 8 mil. Todos tem quatro dias úteis para realizar o pagamento.
Entenda o caso
A polêmica começou logo após a classificação de Trem e Oratório para as finais. Os times deveriam ter se enfrentado no dia 25 de abril, no Estádio Zerão, mas o duelo foi suspenso pela Federação Amapaense de Futebol (FAF), que preferiu aguardar o resultado do julgamento.
As escalação irregulares teriam ocorrido com atletas e técnicos em tese suspensos (com excesso de cartões amarelos ou mesmo expulsões) para aquelas partidas.
— A FAF aguardará o esgotamento das instâncias jurídicas para assegurar a integridade do processo e a correta marcação das datas finais do campeonato. Somente após a conclusão de todas as etapas legais e com a publicação dos resultados finais, poderemos determinar, de acordo com a legislação vigente, os finalistas do Amapazão ou quaisquer outras medidas que se façam necessárias — diz a nota oficial, publicada nas redes sociais.
Não há previsão no regulamento do campeonato para uma situação semelhante.
O torneio foi disputado com oito times, classificando quatro para a próxima fase. Ypiranga, Santana, Macapá e São Paulo não se classificaram para as semifinais (os dois últimos foram rebaixados para segunda divisão do Amapá).
Polêmicas
Essa não foi a primeira confusão no torneio. A equipe do Santos-AP foi suspensa no início do campeonato depois de ingressar na Justiça Comum pedindo a anulação da eleição e da posse da Diretoria da Federação Amapaense de Futebol, que ocorreu em 2022.
O clube acabou reintegrado após o recurso ter sido acatado pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), em março.