O tricampeão mundial John John Florence surpreendeu os fãs ao anunciar, por meio de uma postagem em suas redes sociais, que não competirá de forma integral na temporada de 2025 da World Surf League (WSL). O havaiano explicou que deseja focar no surfe de uma maneira diferente neste ano, priorizando a exploração de novas ondas e o desenvolvimento de projetos criativos.
“Quero criar tempo para explorar, encontrar novas ondas e traçar linhas diferentes. O oceano é tão vasto, e há tantos tipos diferentes de ondas para explorar”, escreveu Florence. Apesar disso, ele revelou que pretende voltar a competir com força total em 2026, com o objetivo de conquistar mais um título mundial.
Durante este período, Florence planeja documentar suas aventuras em projetos de filmagem, compartilhando os lugares incríveis que pretende conhecer. O anúncio reflete a busca do surfista por desafios que vão além da competição, reafirmando sua conexão com o surfe como uma expressão criativa e de liberdade.
A decisão marca um momento de pausa estratégica para um dos maiores nomes do surfe contemporâneo, enquanto a WSL se prepara para uma temporada repleta de expectativas e mudanças.
John John Florence: O Rei do Oceano
O mar não escolhe seus campeões, mas parece ter reservado algo especial para John John Florence. Criado nas águas mágicas de Pipeline, no Havaí, ele cresceu como se as ondas fossem uma extensão do seu corpo. Ainda garoto, já dominava os tubos com a maestria de um veterano, enquanto o oceano, cúmplice, moldava aquele que seria uma lenda.
Os três títulos mundiais de John John não são apenas números em uma lista. São capítulos de uma história escrita entre as marés, o vento e o sal. O primeiro, em 2016, foi um marco. Ele não era mais apenas a promessa havaiana; tornara-se a personificação do talento e da resiliência. Em cada onda surfada naquele ano, ele nos mostrou a magia de se entregar ao imprevisível e ao poder da natureza.
O segundo título, em 2017, consolidou o que muitos já sabiam: John John não é apenas um surfista, mas um artista das ondas. Enquanto outros buscavam consistência técnica, ele dançava com o mar, desafiando limites com seu estilo fluido e inovador. Cada manobra parecia um poema, cada queda, um lembrete de que até mesmo os gigantes enfrentam dificuldades.
Quando o terceiro título veio – em um cenário marcado por desafios físicos e pessoais –, John John provou que o surfe vai além de troféus e medalhas. É sobre superação, paixão e, acima de tudo, respeito à força do oceano. Foi o retorno de um guerreiro que, mesmo após lesões, reconectou-se com o espírito do esporte, inspirando uma geração a buscar suas próprias ondas.
John John Florence não é apenas um campeão. Ele é um contador de histórias, usando a prancha como pena e as ondas como papel. Em cada campeonato, ele nos lembra que, no surfe e na vida, é o amor pelo caminho que define a verdadeira vitória.
