A centésima edição do UFC Vegas foi realizada neste sábado (9) com o Brasil sendo mais uma vez destaque na luta principal do evento. Carlos Prates, um dos lutadores do país em ascensão, esteve em cima do octógono para enfrentar Neil Magny,
E, como tem sido de praxe, o brasileiro mais uma vez não perdoou o rival. Mais um nocaute no primeiro round foi suficiente para ‘The Nightmare’ conseguir a quarta vitória em quatro lutas na organização e buscar se credenciar para lutar pelo cinturão dos 77kg.
A luta
Magny logo partiu para a queda no single leg, mas Carlos Prates conseguiu reverter para ficar por cima, na guarda do americano de origem haitiana. Depois de tentar trabalhar o ground and ound, novamente o brasileiro sofreu tentativa de takedown, mas sem conseguir puxar Prates para baixo junto à grade.
O americano não quedou e, assim que ambos se soltaram. Prates usou bem a esquerda e defendeu uma queda, para depois atingir Magny com uma cotovelada. O americano caiu, mas se levantou e tentou ir para cima do ‘The Nightmare’ com tudo que pode.
Prates se defendeu do jogo de grappling do americano o quanto pode até achar uma abertura. E graças a um soco certeiro de esquerda, voltou a derrubar o rival, mas desta vez para encerrar a luta e manter sua invencibilidade dentro do UFC com estilo.
+ E o Aspinall? Jon Jones elenca adversário que ‘impediria’ sua aposentadoria
Os outros brasileiros
No card principal, Luana Pinheiro foi a representante do Brasil e enfrentou a canadense Gillian Robertson. A paraibana chegou a, especialmente na primeira parte do duelo, a impedir as quedas da rival e a tentar mais na trocação incomodar para buscar a vitória. Robertson, no entanto, soube se posicionar para impedir os avanços da brasileira e, no progresso do combate, seguiu usando bem o grappling para controlar a luta e conseguir a vitória, além de impor a terceira derrota seguida de Luana.
A presença brasileira também se fez presente no card preliminar do UFC Vegas 100. Encarando a veterana Karolina Kowalkiewicz, Denise Gomes foi para cima desde o começo da luta, apertando bem nos socos e conseguindo no segundo round dar uma ‘balançada’ na polonesa. O combate foi bastante equilibrado, com base na trocação e em forte clinche. Apenas nos últimos minutos é que a polonesa foi para a queda, tentou as costas, mas por pouco não foi finalizada. Melhor no geral Denise levou para casa mais um triunfo no Ultimate.
Precisando se recuperar de derrota, Elizeu Capoeira encarou Zach Scroggin e não tomou conhecimento do americano. O experiente lutador fez uma luta praticamente impecável, se dando bem inicialmente com os chutes baixos em Scroggin. Já tomando o controle da luta, o paranaense encaixou uma potente direita que derrubou o rival. Depois, passou a dominar no ground and pound até luta ser encerrada pelo árbitro e a reabilitação do brasileiro confirmada.
Não teve a mesma sorte Antônio Trócoli. O ‘Malvado’ entrou em ação para encarar Tresean Gore e se recuperar da estreia com derrota no UFC. O duelo começou marcado pelo clinche forte e, no momento em que o baiano foi para a queda, o pescoço se deixou desprotegido e o americano aproveitou para buscar a guilhotina em pé. Sem maiores problemas, Gore encaixou a finalização e conseguiu manter o brasileiro ‘zerado’ na organização.
Resultados UFC Vegas 100 – Magny x Prates
Card principal
Carlos Prates venceu Neil Magny por nocaute (4:50 do R1)
Renier de Ridder venceu Gerald Meerschaert por finalização (1:44 do R3)
Gastón Bolaños venceu Cortavious Romious por decisão unânime dos juízes
Gillian Robertson venceu Luana Pinheiro por decisão unânime dos juízes
Mansur Abdul-Halik venceu Dusko Todorovic por nocaute técnico (2:44 do R1)
Card preliminar
Denise Gomes venceu Karolina Kowalkiewicz por decisão unânime dos juízes
Elizeu Capoeira venceu Zach Scroggin por nocaute técnico (1:15 do R1)
Charles Radtke venceu Matthew Semelsberger por nocaute técnico (0:51 do R1)
Da’Mon Blackshear venceu Cody Stamann por finalização (4:19 do R1)
Tresean Gore venceu Antônio Trócoli por finalização (1:23 do R1)
Melissa Mullins venceu Klaudia Sygula por nocaute técnico (1:20 do R2)