Em alusão ao Dia Nacional da Consciência Negra, celebrado nesta quarta-feira (20), o Fortaleza promoveu uma ação em uma das estações de metrô da capital cearense, onde colocou uma cabine de VAR (Árbitro Assistente de Vídeo), ferramenta utilizada no futebol para revisão de lances decisivos, para compartilhar histórias de pessoas que sofreram racismo.
Exposta ao público, a cabine do V.A.R. (Vidas Além do Racismo) chamou a atenção com o questionamento: “um lance desses é justo?”. Ao colocar o fone de ouvido e analisar as imagens em um vídeo, assim como o juiz nos jogos de futebol, os participantes tiveram contato com três narrativas e experiências de pessoas negras. Ao final, os impactados pela ação compartilharam vivências pessoais e os sentimentos causados pela mensagem passada na campanha.
“O Fortaleza mostra com a ação, que não são apenas os lances em campo que precisam de revisão, mas que nós somos uma Instituição que abraça causas sociais como o Dia da Consciência Negra”, declarou o clube em seu site oficial.
Segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, houve um aumento de 77,9% de registros de racismo no Brasil em 2023 em relação ao ano anterior. De 5.100 em 2022, as ocorrências chegaram a 11.610 no período de um ano. No estado do Ceará, os dados apontam uma crescente de 104,1%, de 170 casos em 2022 para 347 registros em 2023.
— O racismo perpetua desigualdades e injustiças, prejudicando não só um indivíduo, como até comunidades marginalizadas, podendo atingir também a saúde mental de quem é oprimido. O Fortaleza sempre levantou a bandeira da igualdade em suas ações, por isso é essencial promover essas discussões e defender a construção de uma sociedade mais inclusiva a partir do nosso posicionamento – afirmou Marcelo Paz, CEO da SAF do Fortaleza.
— Infelizmente ainda escutamos histórias de racismo em nosso dia a dia, algumas delas que vão da discriminação e que podem até culminar em violência. Acredito que o clube, como Instituição importante da sociedade, tem um papel fundamental em lutar, independente da cor da pele, por igualdade e dignidade de todos – complementou o Diretor de Comunicação e Marketing do Fortaleza, Marcel Pinheiro.
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