O Vasco foi acionado na Justiça pelo Athletico Paranaense, que cobra R$1,6 milhão referentes ao empréstimo do volante Hugo Moura. Segundo o contrato celebrado entre as equipes, o valor deveria ter sido pago até 18 de abril. O Vasco, no entanto, não cumpriu com os vencimentos. De acordo com o jornalista Nelson Lima Neto, o clube paranaense notificou a diretoria cruzmaltina em 29 de abril, mas não obteve resposta.
Em seguida, representantes do Furacão entraram com uma ação judicial para solicitar o valor acordado inicialmente, R$1,5 milhão, acrescido de juros e correção monetária. No processo, o Athletico pede ainda a penhora dos bens do Cruzmaltino, caso a dívida não seja quitada voluntariamente. A ação foi registrada na 9ª Vara Cível de Curitiba.
Quando fechou a contração, o Vasco concordou em comprar o jogador em definitivo caso uma meta simples fosse atingida: que ele fosse relacionado para cinco partidas. O valor estabelecido foi de R$10 milhões, a serem pagos a partir de 2025. Na derrota contra o Palmeiras, em 13 de junho, o volante cumpriu a quinta partida no clube. Hugo tem seis jogos (quatro como titular) e uma assistência pelo Gigante da Colina.
Com dívidas e atraso no pagamento de luvas aos jogadores, o Vasco busca uma reestruturação financeira. No ano passado, a equipe foi notificada na FIFA por não arcar com os custos da transferência de Puma Rodríguez, contratado junto ao Nacional-URU. Até ser encerrada, a dívida chegou perto dos R$5 milhões.
O Cruzmaltino, inclusive, foi punido com o mecanismo de transfer ban entre setembro e outubro de 2023. As contratações de Léo Jardim e Manuel Capasso também levaram o time a atrasar parcelas e ser punido pela entidade máxima do esporte. Ainda no ano passado, a negociação para comprar o zagueiro Léo junto ao São Paulo custou R$17 milhões, com um milhão apenas em juros.
No balanço financeiro apresentado em 30 de abril pelo então CEO Lúcio Barbosa, o Vasco demonstrou, em dois anos, a redução líquida de R$60 milhões em uma dívida total de 770 milhões. A lista de credores do clube é encabeçada por ex-atletas e funcionários, que cobram valores que chegam até os 11 milhões de reais.