Vitor Pereira manteve a incerteza sobre seu futuro na coletiva após o clássico contra o Santos (22), mas esclareceu as condições que envolvem sua decisão. Perguntado sobre sua permanência, o técnico disse: “Não há decisão nenhuma (sobre a renovação), há início de conversas, ele já percebeu o que se passa. Eu tenho vontade, sinceramente, tenho muita vontade, mas tem muito a ver com uma questão pessoal que eu tenho que equacionar muito bem, a vida não é só futebol.”
“O que me prende ao Corinthians é como me tratam. Eu nunca tinha visto isso. É uma torcida que nunca vi na vida! Chegamos aqui depois de perder um título, em qualquer outro clube receberíamos vaias, e hoje gritaram nosso nome”, expressou VP.
Em uma fala despretensiosa, deixou até escapar que “o plano da diretoria são três ou quatro reforços”. Essas declarações mostram a vontade de ficar e o envolvimento de Vitor Pereira com o Corinthians, chegando até a se envolver com o planejamento de contratações para a próxima temporada.
Porém, a questão familiar é um fator que pesa contra a permanência: “Eu não posso deixar mal a minha família para ser feliz. Tem que sentir que estou bem. Se eu não sentir isso, me perdoem todos, eu não vou estar bem se eles não estiverem bem. A situação não é simples, é pesada.” Além de ficar longe da esposa e filhos, a sogra do comandante possui um problema que impossibilita que venham para o Brasil – e esta é uma questão que afeta também o auxiliar técnico Luís Miguel, cunhado de VP, pois trata-se da mãe do membro da comissão.
Dentro de campo, o Corinthians venceu o Santos fora de casa na noite de sábado (22), pela 33ª rodada do Campeonato Brasileiro. Em um jogo duro, com duas expulsões, uma de cada lado, o técnico português conquistou sua primeira vitória em clássicos fora de casa, quebrando um tabu de 8 anos sem vencer na Vila Belmiro em jogos do Brasileirão. O próximo confronto é contra o Fluminense, em casa, na quarta-feira (26), às 21h45.
