Apesar da vitória na estreia, Vítor Pereira vê dificuldade no Brasileirão: “O espaço entre os jogos é muito curto”

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Foto: Rodrigo Coca/Agência Corinthians
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O técnico Vítor Pereira ficou impressionado com o ambiente que encontrou na tarde deste domingo, no estádio Nilton Santos, no Rio de Janeiro, na estreia do no Brasileiro. Para ele, o local lotado de torcedores do Botafogo e a sequência de jogos no país tornam tudo muito difícil.

“40 mil pessoas em euforia, em Portugal só conseguimos nos grandes jogos, aqui já vi várias vezes em pouco tempo, já joguei vários desses jogos com tanta gente. O momento não é fácil, a competição não é fácil, porque o espaço de jogos é muito curto, e estou tentando perceber bem as características dessa liga para que a equipe se mantenha competitiva e não aconteça o que já aconteceu”, disse VP, fazendo uma análise do que viu dentro de campo.

“A primeira parte, para mim, foi de grande nível, e na segunda parte, gerimos um pouquinho mas também vi claramente o espírito corinthiano dentro de campo, muita raça, muita vontade de demonstrar, tanta vontade que até às vezes é exagero, o Roni que tem uma pressão muito grande, que sente o clube como ninguém, é natural que esses percalços aconteçam, mas fico orgulho de termos tanta gente da base em campo. A torcida cobrou e nós reagimos e é assim que tem que ser”, observou.

O treinador chegou a colocar nove jogadores formados nas em campo ao mesmo tempo, algo que vai ao encontro do que deseja o Timão para a temporada. Na sua visão, a participação no serviu de exemplo para o que o time precisava no restante da temporada.

“Chegamos na final do Paulistão completamente mortos, sem capacidade de sermos competitivos, portanto é a grande missão que eu tenho neste mês de trabalho. Muito pouco tempo de trabalho também, muitas viagens, mas acho que hoje fizemos um jogo de grande nível”, avaliou.

Para Pereira, o Timão sentiu bastante o cansaço também na estreia da Libertadores, contra o Always Ready, na Bolívia. Naquela ocasião, porém, pesaram também os 3.600m de altitude da cidade de La Paz. Agora, ele quer uma grande atuação na quarta para apagar a má impressão deixada.

“Impossível passar três dias e voltarmos a jogar se não fizermos essa gestão, que vamos fazer a partir de hoje porque é a única forma de manter o nível competitivo e jogar já daqui a três dias. Espero que a nossa torcida venha em peso, vamos precisar, é um jogo muito importante. Nós sentimos aquela força. É uma torcida de cobrança. O jogo da Libertadores, na minha opinião, fizemos uma primeira parte de qualidade, tirando o pênalti que cometemos, acho que foi um jogo controlado. Eu não consigo explicar o que aconteceu naquela segunda parte, não sentiram reação, conversei com eles para perceber porque não reagimos, eu não consigo dizer o que a altitude provoca, o que consigo dizer é que quando subi uma escada percebi que não conseguia respirar, portanto imagino que a grande vantagem dessa equipe é jogar em altitude. Não consigo perceber se foi falta de uma atitude mais agressiva ou se de fato foi pela equipe estar morta, falei com vários jogadores que se sentiram mal e não conseguiram reagir. Foi uma lição para nós, porque não podemos jogar naquele estado de fadiga. Hoje responderam com personalidade, caráter, com determinação, acho que estão todos de parabéns”, encerrou.

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