O Grêmio apresentou Tiago Volpi na tarde de terça-feira (28), menos de um dia após o anúncio da aquisição do goleiro. Embora seja especulado que possa disputar posição com Gabriel Grando devido às boas atuações do jovem de 24 anos nas rodadas iniciais do Gauchão, o jogador chega para assumir a vaga deixada por Marchesín, vendido recentemente ao Boca Juniors.
O objetivo é que Volpi seja o titular da meta tricolor, o que ficou evidenciado por ele ter sido apresentado com a camisa 1. Isso diverge da opinião de grande parte da nação gremista, que rechaça veementemente a contratação do atleta. A repercussão negativa foi o tema que mais chamou atenção na entrevista coletiva de apresentação do arqueiro de 34 anos, que respondeu com convicção as perguntas feitas sobre a rejeição da torcida.
— Eu não consigo controlar o que vem de fora. Eu consigo controlar o que está na minha cabeça, o que está no meu corpo e as coisas que eu posso fazer. O que eu vou fazer é trabalhar o mais forte possível para reverter essa situação dentro de campo —
O goleiro continuou externando a confiança que tem em si e em seu trabalho. Valorizou as temporadas dele nos clubes por onde passou até chegar ao Imortal, especialmente, as duas últimas, quando teve boas atuações pelo Toluca, inclusive, afirmando que foi contratado pelo Grêmio na melhor fase da sua carreira.
— Sou alguém que não tem medo. Quando você não tem medo de fazer as coisas, aumentam as possibilidades de ir mais longe. Por mais que tenham tentado manchar minha carreira com coisas do passado, ela fala por si só. São mais de 600 jogos, com 10 anos em alto nível. Se fosse tão ruim assim, todos os treinadores não deveriam ser bons da cabeça por me colocar em campo. Faço essa análise de cabeça fria […] Pela idade que eu tenho hoje, com 34 anos, acredito que eu viva o auge da minha carreira. Tanto no ápice técnico como no ápice físico também. Venho de dois anos jogando em alto nível no Toluca e hoje a decisão de vir para o Grêmio me dá essa segurança por tudo o que eu tenho trabalhado nos últimos anos — avaliou o jogador.
Tiago Volpi também enalteceu a história do Tricolor e dos goleiros que marcaram época pelo Imortal, garantindo ter condições de honrar uma camisa de tamanha importância, como é a do Grêmio, e de entrar para o grupo de ídolos que defenderam a meta do clube porto alegrense.
— Meu pensamento é ganhar o dia a dia. Eu acho que em um clube da grandeza do Grêmio, não basta você fazer o simples para se firmar e para ser como o Grohe, como o Danrlei ou como outros goleiros que marcaram época. Você tem que fazer a diferença e conquistar coisas importantes. Quero deixar o meu melhor e ganhar a confiança do torcedor […] Eu tenho totais condições de vestir essa grande camisa onde passaram grandíssimos goleiros e poder fazer a minha história dentro do clube também — enfatizou.
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O goleiro demonstrou compreender a dúvida dos gremistas em relação à sua chegada à Arena. Falou que a experiência que possui o tranquiliza, além de ressaltar novamente que acredita nele mesmo e que tem certeza de que os torcedores também passarão a confiar no seu novo camisa 1.
— É muito melhor quando você chega e, teoricamente, o clima está melhor com a contratação. Já passei por muitas coisas na carreira e na vida. Aprendi a lidar com situações boas e ruins. Tenho a convicção de que esse cenário vai mudar com o passar do tempo. Não controlo o que vem de fora. Tenho convicção de que ao começar a jogar, a imagem de agora não será a imagem real para o torcedor do Grêmio — ponderou.
Esta é a terceira vez que Volpi vai jogar em Porto Alegre. Anteriormente, ele teve duas passagens pelo São José. Uma foi pelas categorias de base e a outra como titular dos profissionais do Clube do Bairro. O atleta disse que atuar desta vez pelo Grêmio é estar realizando um sonho.
— Vir morar em Porto Alegre com 14 anos para jogar na base do Zequinha. Jogar no Grêmio era um sonho antes de ser profissional. Veio do meu primeiro dia no Rio Grande do Sul. Posso afirmar que sei o que significa estar aqui. O sonho de estar aqui é muito grande. Essa oportunidade seria a última de voltar ao Brasil para jogar no Grêmio. Por isso não medi esforços para vir — contextualizou.
Volpi revelou que está totalmente preparado para disputar a sua primeira partida pelo Tricolor Gaúcho. Para isso, precisa estar não somente em condições de plenitude física, mas também ser incluído pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) no seu Boletim Informativo Diário (BID). O Grêmio projeta que ele estará liberado até sexta-feira (31), assim, podendo estrear diante do torcedor gremista na Arena, no confronto contra o São Luiz, no sábado (1º), pela quarta rodada do Gauchão.
— Estava jogando. Estou apto a jogar assim que sair no BID. E o estilo de jogo pude observar no treino desta terça é algo que tenho feito nos últimos anos. Não terei problemas de adaptação — declarou.
O goleiro começou a sua trajetória nas categorias de base do São José. Ainda no estágio de formação, foi para o Fluminense. Posteriormente, retornou ao Zeca como atleta profissional. Na continuação da carreira, Tiago Volpi passou por Figueirense, Querétaro, São Paulo e Toluca, até assinar com o Grêmio. O vínculo firmado com o Imortal é válido até o final de 2026.