América-MG

Eterno capitão! Wellington Paulo relembra conquista de 2001, elogia atual time do América-MG e dá dica para a final: ‘Sangue nos olhos’

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Wellington Paulo em campo na final de 2001 - Foto: Reprodução/Youtube
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Um dos maiores ídolos da história do América-MG, o ex-zagueiro Wellington Paulo esteve presente nas conquistas do Campeonato Mineiro pelo Coelho em 1993 e 2001. Com taças, identificação e bom futebol, o eterno capitão ganhou os corações americanos espalhados pelo mundo.

Revelado pelo alviverde, no início dos anos 90, o jogador ficou eternizado como maior vencedor da história do clube. Durante três passagens pelo América-MG, Wellington Paulo ganhou dois Campeonatos Mineiros, uma Copa Sul-Minas, uma Taça Minas Gerais e uma Série B e uma Série C.

Em entrevista exclusiva ao Esporte News Mundo, o eterno capitão americano relembrou os títulos estaduais de 93 e 2001, comentou sobre e atual equipe do Decacampeão e projetou a grande final diante do rival Atlético-MG.

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Na primeira conquista, o jogador ainda era muito jovem e não era titular. Oito anos depois, no entanto, envergou a faixa de capitão e ainda balançou as redes no primeiro jogo da decisão.

Vencer o Mineiro de 93 foi muito importante, ainda mais que o América não ganhava a há muitos anos. Mesmo com pouca participação nos jogos, pois tinha acabado de subir dos juniores, mas a participação no grupo e no dia a dia foi muito importante, uma lição e um aprendizado muito grande com o grupo de 93 –, falou.

Sobre seu segundo título estadual, Wellington Paulo valorizou o grande números de crias americanas no time titular, e ainda recordou o foco da equipe no primeiro jogo.

– Em 2001, uma situação completamente diferente. Eu era o capitão do time. A lembrança daqueles jogos… eu lembro que no vestiário, nos bastidores ali antes dos dois jogos, o nosso time estava muito focado. Principalmente, no primeiro jogo, no 4 a 1, que eu entendo que deve ter sido um dos melhores primeiros 30 minutos que a equipe fez em Minas Gerais. A gente não deixou o Atlético chutar a bola no nosso gol. Foi muito marcante. Aquele time titular tinha nove jogadores formados na base do América. No elenco, eram quase 70% de jogadores que vieram da base. É um título que ficou na história por essa marca. Eu não acredito que, em pouco tempo, o América seja campeão mineiro com 50% dos jogadores formados na base. Tomara que isso aconteça, mas é muito difícil –, comentou.

Wellington Paulo comemorando gol contra o Atlético-MG em 2001 – Foto: Reprodução/Youtube

Multicampeão pelo clube, o ex-jogador deu dicas e mostrou o caminho para as taças. Segundo ele, “minimizar os erros” e ter “sangue nos olhos” são duas premissas básicas para quem desejar subir ao local mais alto do pódio.

– Um segredo não existe. Algumas coisas são fundamentais numa decisão. As velhas máximas. Numa final, você não pode errar, tem que minimizar o erro, principalmente erros individuais. Cada jogador precisa estar focado na sua parte individual e coletiva. Descansar e guardar todas as forças possíveis. Quem chegar com maior foco, determinação se dá bem. E sangue no olho, para ganhar título tem que ter sangue no olho. Se as coisas começarem a não dar certo na partida, tem que ter calma para não deixar uma campanha boa dessa como a do América ser perdida por causa de minutos –, falou WP.

Em relação ao time que o América-MG possui, Wellington Paulo rasgou elogios e comparou a equipe ao rival Cruzeiro, que foi derrotado no último domingo (09) por 3 a 1. No entanto, o ídolo ponderou que o Coelho precisa de contratações pontuais para a disputa da Série A.

O time do América é muito consistente, já tem uma base sólida há muitos anos. Um time acostumado a jogar junto, tem um plano tático bem definido. É um trabalho já de três, quatro anos, com Juninho, Ademir e os outros jogadores. Enfim, é um time que tem uma base boa. Diferentemente do Cruzeiro, na semifinal, que está sendo montado, o América é uma equipe pronta, com  uma consistência muito grande que, hoje em dia, faz a diferença. O trabalho está sendo bem feito. Acredito que tenha que contratar para a Série A algumas peças pontuais. Não jogadores com nome, em fim de carreira, que estejam sem fome. Essa experiência já foi feita e não deu certo. Agora, é contratar atletas em algumas posições para acabar de reforçar essa base para tentar o objetivo maior, que é a permanência na Série A –, disse o ex-jogador.

Adversário do alviverde na decisão, o Atlético-MG possui um time caro e estrelado. O ídolo americano concorda com a situação, mas acredita que o América-MG é plenamente capaz de superar tais obstáculos, e lembrou a conquista de 2001.

– Claro! O Atlético é tudo isso aí, mas dentro de campo as coisas são diferentes. Quando ganhamos o título mineiro de 2001, o Atlético tinha Guilherme, Marques, Velloso, Gilberto Silva e Alexandre. Era um time de respeito também. Hoje, o futebol mudou muito, não é igual ao daquela época, mas dá para fazer um parâmetro. O Atlético com o poder econômico que tem, normal. O América jogar com a consistência que tem jogado, saber jogar as duas partidas, eu acredito, sim. O América está com esse foco, o Atlético está com esse foco. Eu tenho uma expectativa grande de que mais uma vez o América possa sair com o título mineiro –, finalizou.

+Por conta de Libertadores, segundo jogo da final do Campeonato Mineiro deve ser em um sábado

Além do América-MG, Wellington Paulo defendeu as camisas de Jequié, Paraisense-MG, Americano-RJ, Atlético-PR, Vasco da Gama, Náutico, Caxias-RS, Paysandu, Confiança-SE, Rio Branco-MG e Funorte-MG. Atualmente, tem 48 anos e está aposentado.

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