O volante William, de 34 anos, foi apresentado na tarde desta quinta-feira (01) como novo reforço do São Paulo para a temporada, vestirá a camisa 17. Com uma história de superação emocionante, o jogador demonstrou muita lucidez e calma na apresentação ao novo clube. William fez carreira fora do Brasil e tem o nome marcado no México, onde atuou por 8 anos. Em novo capítulo, jogador afirma que quer fazer histórias boas no São Paulo.
Logo no início, de acordo com sua experiência, o jogador contou um pouco mais sobre suas funções dentro de campo e como isso pode influenciar o seu contato com o treinador argentino Hernán Crespo:
“Hoje jogo como primeiro e segundo volante. Às vezes jogo como terceiro homem de meio-campo. Em relação ao esquema que o Hernán Crespo está tentando armar hoje, é realmente como primeiro ou segundo volante.”
William teve um problema no coração no passado e chegou a sofrer duas paradas cardíacas. Sobre isso, ele afirmou que está bem e que encarou como uma grande lição de vida:
“Sobre o coração, é um problema superado, difícil e complicado. Pude vencer esse desafio. Sempre faço check-up geral, uma bateria de exames, fui aprovado mais uma vez e posso fazer o que mais gosto. Eu consegui fazer o meu trabalho e, hoje, represento um gigante.”
Santista quando criança, atuou na base do Corinthians e Juventus, depois foi para o Palmeiras, lugar onde exalta gratidão pelo trabalho de base e pontua sobre rivalidade:
“Em relação ao ter passado em dois grandes da capital, foram tempos que me abriram as portas, fiz um grande trabalho. Hoje represento um gigante clube do mundo. E essa rivalidade é saudável, a gente gosta de viver. Espero ganhar todos os clássicos”
Durante toda a coletiva, o volante demonstrou muita lucidez e calma diante os obstáculos que já enfrentou. Além disso, reconheceu que terá uma concorrência pesada vestindo a camisa tricolor e afirmou que chega para brigar por vaga no time titular. Ele concorre com nomes de peso, como o de Daniel Alves. Lembrando que o volante pode ficar ausente do Paulistão por conta do número limite de inscrição de jogadores.
“Sobre disputar uma posição com o Dani, tem o Dani, tem o Luan, Liziero, Nestor, Tchê Tchê. Primeiro vencer a mim mesmo. Automaticamente é uma competição saudável dentro do elenco que me recebeu muito bem. Esse é um retorno para poder ajudar o São Paulo no que eles acharem que sou capaz. Sei que vão estar (na lista) aqueles que o Crespo acha que são importantes. Eu chego para brigar por posição, não venho como como titular absoluto”
Sobre seu tempo no México, vários pontos positivos foram destacados: o jogador foi companheiro de Thiago Volpi no Querétaro, trabalhou com técnicos argentinos e ainda acompanhou as movimentações do futebol brasileiro:
“Acompanhei muito o futebol brasileiro, ainda mais nos últimos meses e anos pela amizade que tenho com os jogadores. Trabalhei com dois treinadores argentinos, Hernán Cristante, do Toluca, e com o Ricardo La Volpe. Não gosto de fazer comparação com meu estilo de jogo, tem tática muito forte, não permite desorganização dentro de campo e exige que a gente trabalhe com intensidade”.
Por fim, não escondeu a felicidade em vestir a camisa do tricolor paulista. O jogador foi verdadeiro e confessou que procurou uma rescisão contratual no México para ter caminho livre até o time do Morumbi:
“Em relação a essa atração pelo São Paulo é pela história, pelo que representa no futebol mundial. Tive 7 anos no México, Coreia, mas a história do futebol brasileiro e do São Paulo corre o mundo inteiro. Eu tinha contrato com o Toluca. Tentei a rescisão para ser melhor a negociação. Fechei ouvidos para sondagens para estar aqui”
William assinou com o São Paulo até o final de 2021, com a possibilidade de renovação ao final do ano. Caso o meio-campista atue por 45 minutos em pelo menos 60% das partidas até lá, seu vínculo será estendido.
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