Atlético-MG
Do zagueiro desconhecido da cara fechada ao sorridente xerife e capitão: Junior Alonso foi essencial para o “Novo Atlético”
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Atlético-MG e Krasnodar, da Rússia, confirmaram a negociação que o zagueiro Junior Alonso defensa o clube russo. A proposta foi irrecusável tanto para o clube quanto para o defensor, que foi um dos pilares mais importantes do Atlético que surgiu em 2020.
Junior Alonso chegou ao Atlético em meio a pausa de jogos por conta da pandemia. O defensor foi pedido de Jorge Sampaoli, que começou a “nova era” atleticana. Após um início de 2020 muito ruim, alguns empresários e torcedores do Galo resolveram ajudar o clube para que ele se tornasse competitivo, para isso, precisava-se de um grande investimento e um grande time. Alonso foi um dos primeiros a ser a cara desse novo Atlético.
O zagueiro paraguaio chegou ao Atlético desconhecido por boa parte da torcida, que mesmo assim se empolgou com ele, que vinha do Lille, mas com última passagem no Boca Juniors. O currículo ajudou, mas a “cara de bravo” e a postura de Alonso foi o que conquistou rapidamente o torcedor.
Em um ano e meio no Atlético, Alonso foi o pilar defensivo do clube. Primeiro, foi essencial no estilo de jogo de Sampaoli, mostrando ser excelente nas saídas de jogo, criando muito para o time. Depois, com Cuca, também realizava essa função, mas menos, sendo responsável por formar a melhor dupla de zaga do Brasil em 2021, ao lado de Nathan Silva.
O jogador “sem risadinha” quando chegou, se mostrou um grande zagueiro em campo e passou a mostrar mais seu “lado humano”, dando risada e brincando com companheiros, principalmente com os títulos. Alonso não se segurou no título Brasileiro e festejou como poucos, conquistando ainda mais o torcedor.
Ao todo, foram 89 jogos com a camisa alvinegra, tendo marcado dois gols e conquistado quatro títulos: dois mineiros, um Brasileiro e uma Copa do Brasil. Alonso foi contratado por 3 milhões de euros (R$ 18 milhões) e foi vendido por 8,2 milhões de dólares (R$ 46 milhões). Rendeu ao Atlético tanto esportivamente quanto economicamente.
Mesmo com pouco tempo de casa, já dá para dizer que Alonso é um ídolo do Atlético e um dos grandes zagueiros da história do clube. Independente do substituto – deve ser o uruguaio Godín -, a função de substituí-lo não será fácil.