Vasco
Zé Ricardo lamenta primeiro tempo, elogia mudança de postura na segunda etapa e destaca torcida: ‘nosso maior jogador hoje’
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Em entrevista coletiva após a derrota para o Flamengo, por 1 a 0, pelo jogo de ida das semifinais no Maracanã, o técnico Zé Ricardo lamentou o primeiro tempo realizado por sua equipe, mas destacou a mudança de postura na segunda etapa e que isso nutre uma esperança de vencer por dois gols o jogo de volta, resultado necessário para o Vasco avançar à final do Campeonato Carioca.
– No primeiro tempo, a gente não encontrou nenhum tempo de marcação e nenhuma saída de bola, infelizmente as duas saídas que tivemos o Flamengo matou, tanto que dois atletas deles tomaram cartão amarelo nos primeiros cinco minutos. Montamos uma estratégia, mas não acabamos sendo felizes. No segundo tempo corrigimos, e acredito que fizemos um segundo tempo que nos dá certeza que podemos fazer um grande jogo novamente no domingo. Acredito que as dificuldades existem, é uma equipe forte que temos como adversário, mas que descansando e preparando bem a equipe a gente pode tentar reverter esse resultado, já que só interessa o resultado de dois gols de diferença.
Zé Ricardo também elogiou a torcida cruzmaltina, que compareceu em peso e não parou de cantar por um minuto, mostrando a força que é e que pode ajudar no jogo de volta e na temporada de série B, que destacou ser o principal objetivo do ano do Vasco.
– Sem dúvida nenhuma nosso maior jogador hoje foi a torcida. Sensacional o que eles fizeram, de arrepiar, eu estou sempre concentrado na partida, mas hoje, a maneira como ela se comportou, fez a gente perceber isso o tempo todo, a torcida não parou de cantar, e a nossa equipe percebeu isso. Certamente é uma força que vem de fora que nos faz acreditar que a gente consegue, que a gente pode, e grandes jogos assim vão dando casca para a gente, para o nosso principal objetivo do ano, então eu acredito que hoje tem que bater palmas para nossa torcida, porque hoje fez uma diferença muito grande para que mantivesse nossa equipe muito ligada no jogo, e a gente espera que ela repita isso no domingo, para que a gente possa entrar em campo mais energizado e corresponder essa torcida deles.
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O técnico também criticou a arbitragem. Segundo ele, houve critérios diferentes em relação aos lances parecidos do último jogo contra o Flamengo, na bola do João Gomes, e agora, com Anderson Conceição. Para Zé Ricardo o VAR foi seletivo.
– O que me deixa chateado é o critério: em 20 segundos do jogo passado (contra o Flamengo) foi decidido que não tinha que ir ao VAR, e agora a gente fica 03 ou 04 minutos para ir ao VAR. Parece que fizeram uma força para ir no VAR. E quando a gente vai falar com alguém na arbitragem, é interpretativo. Tudo é interpretativo então, né? Eles falam que quando é movimento natural não é considerado pênalti. Se aquele movimento do Conceição subindo e disputando bola, com a mão no prolongamento do corpo abaixo do peito, não foi natural, como eles querem que o Conceição suba? Com as mãos para trás? Ainda não vi, mas me parece que raspou na cabeça de alguém, ou seja, seria um segundo movimento, e a gente sabe que não é pênalti quando acontece isso. Estou em dúvida porque não vi o lance, mas fico com minha visão do banco de reservas que me pareceu lance que deveria seguido.
Por fim, o treinador se explicou a respeito da escalação diferente em que introduziu Léo Matos na lateral direita e avançou Weverton para a ponta, a fim de explorar o contra-ataque nas costas dos laterais do Flamengo. Segundo o treinador, Weverton já jogou assim em sua carreira, e o fato de haver poucas opções no elenco por desgaste e desfalques o fez ter essa ideia.
– A gente vai buscar o histórico do jogador. O Weverton na base e no profissional já atuou de atacante. A gente tem tido um problema de semanas cheias, alguns jogadores desgastados, a gente entendia que seria um jogo muito desgastante, principalmente nessa função do lado do campo, perdemos o Getúlio, ficamos com poucas opções, como o Figueiredo jogou o jogo todo passado, no segundo tempo ele estaria mais propício, até porque o Pec já vem desgastado dos últimos jogos, então a estratégia foi montada para que a gente pudesse utilizar a subida dos laterais do Flamengo e jogar naquele espaço. Nos primeiros minutos eles tinham dois cartões amarelos, depois a gente perdeu o tempo de marcação, de roubar a bola, e a gente decidiu no segundo tempo a saída do Weverton para jogar com o Figueiredo.
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