Após quase três anos longe dos gramados, o atacante Luis Fabiano não se considera mais um jogador em atividade. Em entrevista ao Blog do Lozzeti, o camisa 9 afirmou:
– Hoje, não me considero um jogador em atividade. É lógico que o sonho, a vontade de terminar jogando persiste, mas minha cabeça está mais voltada para tocar outras coisas. Depois de dois anos e pouco sem jogar, acabo me esquecendo um pouco daquela rotina, da vida que eu tinha.
O atleta que sofreu uma lesão no joelho, se afastou de sua carreira para poder realizar o tratamento, desde então não obteve mais oportunidades para retoma-la. Seu último clube que passou, foi o Vasco e LF9 relembra o momento em que teve que deixar o futebol:
– Infelizmente, abandonei os gramados por motivo de saúde, precocemente, isso é muito chato. Eu vinha fazendo um ano até legal no Vasco, não sentia nada. Treinava, jogava, e de repente veio uma dor no joelho, não sei de onde, e tive que interromper essa trajetória. Ali começou todo o drama. Fiz exames, tive que operar, e desde então não consegui retomar minha carreira.
Com passagens por São Paulo, Sevilha, Rennes, Porto, dentre outros clubes, foi na Ponte Preta que o atacante iniciou sua trajetória profissional. LF9 relembrou o início de carreira:
– Eu estava fazendo teste no Ituano, ia assinar, e o Robertinho Moreno, já falecido, antigo auxiliar do Abel Braga, era o treinador. Ele foi para a Ponte, comentou sobre mim e foram me buscar. Cheguei aos 16 anos nos juniores, fui para a Copa São Paulo, joguei bem, e aos 17 anos estreei no time profissional. Sempre atropelando fases. Fui até para a Seleção em 1998, com o Ronaldinho Gaúcho. Era um mundialito sub-20 no Uruguai. O titular era o Fábio Pinto, do Internacional, e eu fiquei no banco.
Durante sua passagem pelo São Paulo, Luis Fabiano era queridinho do então presidente do clube, Juvenal Juvêncio. O carinho recebido pelo dirigente era até comentado por parte de outros jogadores do elenco. LF9 relembra com carinho a amizade com Juvenal:
– Esse foi um pai dentro do São Paulo. Tive muita ajuda do Marco Aurélio Cunha também, ele foi importante em momentos complicados. Mas meu santo bateu com o do Juvenal de uma maneira incrível. Dois loucos se entendem, né. Isso gerava ciúme porque ele me tratava diferente dos demais. Ele foi espetacular, mesmo quando falava algo ruim sobre mim. Foi importantíssimo. E faz falta, hein? Dirigente como ele faz falta.
Ainda falando de São Paulo, Fabuloso criticou a atual situação do clube:
– Passei muito tempo da minha carreira ali dentro, com pressão, problemas, falta de títulos e, sinceramente, não sei o que acontece. Não sei onde o São Paulo peca. Ele se reestrutura, tenta dar melhores condições aos jogadores, faz contratações importantes, e alguma coisa sai errado. Às vezes um jogador vive grande momento noutro clube, o São Paulo paga um dinheiro alto por ele, e não rende. É difícil entender.
Apesar dos problemas que apontados por Luis Fabiano, o atacante não nega que tem o desejo de fazer um jogo de despedida no Tricolor. Com muito carinho pelo time brasileiro e também pelo espanhol Sevilla, o jogador pretende realizar um jogo em cada clube, como forma de se despedir do futebol:
– Já conversei com os clubes sobre isso, mas o calendário está apertado por conta do coronavírus, não sabemos de datas. O panorama é esse. E se surgir a possibilidade de jogar mais um tempinho e eu tiver condições, aceito o desafio.
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