No dia 23 de dezembro de 2001, o Athletico encerrava uma campanha histórica, e venceria o campeonato brasileiro daquele ano. O título foi um ponto importante para que o clube chegasse onde está nos dias atuais.
Naquela campanha histórica, o Athletico começou o campeonato de forma oscilante, já na parte dos pontos corridos, trocou o ex-treinador Mário Sérgio por Geninho, porém com uma recuperação e terminou em segundo lugar na classificação. Foram disputadas em jogos únicos a fase de mata-mata, iniciando pelas quartas de finais.
Nas quartas de finais, o Furacão recebeu o São Paulo, e venceu pelo placar de 2 a 1, já nas semifinais em um jogo cheio de emoções e de viradas, Alex Mineiro marcou o terceiro gol dele naquela partida e do Athletico terminando 3 a 2 para o rubro-negro, e pela primeira vez na história disputaria uma final de campeonato brasileiro da primeira divisão, e seria contra o São Caetano.
O primeiro jogo da final foi na Arena da Baixada lotada e Ilan abriu o placar, porém, Mancini e Marcos Paulo viraram o jogo para os paulistas, Alex Mineiro porém logo marcou mais três gols, abrindo uma vantagem considerável para o jogo da volta no Anacleto Campanella, o jogo terminou em 4 a 2. No segundo jogo, o São Caetano tentou impor o ritmo e dominar, mas o Athletico consistente na defesa conseguia levar perigo nos contra-ataques, inclusive em alguns períodos do jogo permanecendo longos períodos dentro do campo ofensivo. E foi em um desses momentos em que Fabiano chutou forte de longa distância e Silvio Luiz não conseguiu encaixar, e a bola sobrou nos pés do atacante e do artilheiro Alex Mineiro que selou aos 22 minutos da etapa final, o título para o Athletico.
O título foi celebrado de forma épica, a praça Afonso Botelho, foi tomada, e os arredores da Arena da Baixada, viu uma multidão tomar conta. A torcida que havia ficado anos sonhando com este momento, pode ter seu momento de felicidade, principalmente quando o time chegou trazendo a taça e a apresentando a toda a torcida. Aqueles jogadores, entraram para o panteão de ídolos do clube, alguns vivem em Curitiba até hoje, outros continuam trabalhando dentro do clube, os mais citados são Alex Mineiro e Kléber Pereira a dupla de ataque que se tornaram uma das mais letais da história do Furacão. Mas outros também tem grande destaque, como Cocito, Kleberson, e o capitão do time Nem, além do goleiro Flavio “Pantera”.
Foram dezenas de anos e algumas décadas de espera, alguns momentos difíceis na história do Athletico, tudo isso faz com que a conquista de 2001 seja inesquecível para o clube e para a torcida athleticana. Desde 1985 quando o rival Coritiba conquistou o troféu, a torcida ouviu muito dos torcedores rivais mas não perdeu a esperança, e em 2001 a resposta apareceu. Depois desta conquista, o Furacão subiu cada vez mais, e por pouco não conquistou a América anos depois.
Hoje passadas quase duas décadas dessa conquista, a memória de antes e depois deste título segue viva, e o Campeonato Brasileiro de 2001, faz parte do pilar que o Athletico criou para ser reconhecidamente como um clube grande, a Copa Sul-Americana em 2018 e a Copa do Brasil de 2019 são resultados de algo que o primeiro título nacional pode proporcionar aa torcida rubro-negra, a sensação de ser campeão.