Vasco

‘Ele trouxe bastante segurança, confiança e validou as lideranças’, diz Fernando Miguel sobre a importância da volta de Luxemburgo ao Vasco

Foto: Buda Mendes/Getty Images)

O goleiro Fernando Miguel concedeu uma entrevista coletiva na tarde desta quinta-feira (28), via videoconferência, em Atibaia, em São Paulo, onde o Vasco está concentrado desde o empate contra o Palmeiras, na terça-feira. A equipe está na cidade em preparação para duelo decisivo contra o Bahia, no domingo.

Nela, o goleiro ressaltou a importância do conhecimento do elenco que Luxemburgo tem por já ter treinado a equipe no ano de 2019 e dele trazer a confiança para o grupo:

– Essa relação com o Vanderlei já é construída desde a temporada passada. Quando ele chegou era um momento mais ou menos parecido com esse, claro que mais no início do Campeonato Brasileiro. E teve mais tempo para conseguir colocar em prática tudo aquilo que imaginava e que precisava para fortalecer as lideranças que precisavam ser fortalecidas naquele momento. Esse é um momento que essa parceria que traz essa identificação, onde ele já conhece a gente lá de trás, precisa ser mais prática e certeira. Porque são poucos jogos que temos, e ele chegou num momento bastante delicado. Ele trouxe bastante segurança, confiança e validou as lideranças.

Miguel também destacou que, ao mesmo tempo que concede liberdade nas decisões, Luxa cobra responsabilidade neste momento delicado no Brasileirão:

– Claro que não é só minha (liderança) e do Castan, há muitos jogadores que podem compartilhar e dividir com os mais jovens essa responsabilidade. Ele faz um trabalho de valorização de todos, dando responsabilidade e liberdade para tomar decisões, mas ao mesmo tempo cobrando responsabilidade com todo o processo e tudo aquilo que envolve esse momento da temporada. É um momento em que não podemos vacilar. Esse conhecimento que ele tem sobre a gente é fundamental nesse momento.

CONFIRA OUTROS TRECHOS DA COLETIVA

Falta dos torcedores no estádio e apoio nas redes sociais

– Eu, como atleta, sempre vou sentir a falta do torcedor no estádio. Aqueles que dizem o contrário é porque não vivem a paixão que a gente deveria viver no futebol. O torcedor faz muita falta no nosso ambiente, quer nos momentos bons ou até mesmo nos momentos de cobrança para a equipe evoluir, melhorar dentro da partida e mudar seu panorama dento das competições. Eu, particularmente, sinto muita falta do torcedor, de um estádio vibrante, ainda mais em São Januário, e a torcida do Vasco como é. Sempre cobrando e incentivando na mesma medida. A gente que ama o futebol e gosta dos espetáculos, eles (torcedores) fazem muita falta no nosso dia a dia.

– Em relação às redes socias, eu não sou muito ligado às mídias digitais, acabo vivendo um pouco fora delas, justamente para me concentrar no meu dia a dia, no meu trabalho, na minha realidade, naquilo que preciso me concentrar. Mas, de alguma forma sempre chega o apoio, seja nas ruas, onde as pessoas mandam boas vibrações e boas energias. Sabemos que o mundo digital está aí para aproximar o torcedor das suas equipes. E o Vanderlei trabalha muito bem com isso. E ele faz com que todos acabem se olhando e apontando para o mesmo sentido. Nessa reta final de campeonato tem sido desta forma. A importância que todos têm: jogadores, diretoria, comissão técnica, juntamente com o nosso torcedor, são fundamentais para revertermos o panorama que a gente vive.

Período em Atibaia

– Vanderlei idealizou esse momento nosso em Atibaia na semana passada diante desse jogo do Palmeiras. O Vanderlei domina muito essa questão de psicologia e da importância de ter o pessoal focado e concentrado. Está sendo muito bom, e a gente espera conseguir fazer uma grande partida contra o Bahia, dentro de São Januário, nesta reta final. Um adversário que briga pelo mesmo objetivo que o nosso no momento. Cada dia juntos é importante para estarmos cada vez mais afinados, para botar em prática e fazer um grande jogo e, consequentemente, uma grande vitória dentro de São Januário.

Participação no novo estilo de jogo do Vasco

– Vai muito daquilo que o Luxemburgo conhece a nosso respeito, da nossa capacidade que temos para desenvolver esse estilo de jogo e fazer uma saída mais construída. Mas ao mesmo tempo ele também cobra que a gente perceba a possibilidade de evoluir nesse momento. Há momentos nos jogos que precisávamos sair com a bola mais longa, e isso também foi validado. Mas claro, essa questão de conseguir jogar com mais naturalidade, uma construção de um jogo mais vistoso, passa por essa confiança e por essa troca que a gente tem com ele. Que podemos fazer e ele estará para fortalecer, dar confiança, incentivar, para conseguirmos fazer desde que seja com segurança.

– A mudança de comportamento é notória por todos que nos acompanham neste período. A gente espera, justamente neste momento que estamos nos preparando, conseguir melhorar ainda mais nesse aspecto. Porque as equipes vão nos observando e procuram algumas formas de bloquear esse estilo de jogo. Mas vamos conseguir encontrar soluções. A confiança de todos está muito boa. Vamos colocá-las em prática no nosso dia a dia e nossos jogos, para conseguirmos os resultados que precisamos.

Oscilações de desempenho atuando pelo Vasco

– As circunstâncias formam as opiniões. Os últimos anos do Vasco têm sido difíceis, normalmente brigando contra o rebaixamento. O porquê disso, talvez, será encontrada as respostas destas oscilações das equipes e atletas que estão evolvidos nesse processo. Acredito que assim como eu vivi muitos bons e grandes momentos na equipe, que foram fundamentais para conseguirmos os objetivos mínimos da temporada, eu também oscilei para baixo. Mas faz parte do processo, do contexto. Acho que quando a equipe começa a perder muitos jogos, brigando contra o rebaixamento, acaba expondo os atletas e até mesmo com que eles oscilem desta forma. Então, é natural essa cobrança. Hoje tenho mais de 120 jogos com a camisa do Vasco. Ao mesmo tempo que existe a cobrança, existe um reconhecimento por tudo que a gente conseguiu, minimamente, segurar aqui dentro do clube. Para ser bem prático na resposta: acredito que assim como vivi momentos de oscilação para baixo, eu vivi grandes momentos que ajudaram a equipe nas competições.

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