Após a longa paralisação causada pela pandemia da Covid-19, a temporada europeia recomeçou e já tem a definição do campeão em diversos países. Mais precisamente, 23 clubes europeus já garantiram o título nacional da temporada 2019/20. E de todas as formas possíveis: teve time sendo declarado campeão sem jogar; muitos levantaram a taça sem a presença da torcida; e alguns até comemoraram a conquista com o estádio lotado.
A grande maioria dos campeonatos nacionais foram interrompidos no início de março e não tinham previsão de retorno. Nos meses seguintes, enquanto vários países ensaiavam a retomada do futebol com um rigoroso protocolo de saúde, outros preferiram outra solução: encerrar a temporada de forma precoce e declarar campeão o clube que estivesse na liderança no momento da paralisação.
Esse foi o caso, por exemplo, da liga francesa, que declarou o PSG campeão. Além da França, países como Bélgica e Escócia seguiram a mesma estratégia e deram o título para o Brugge e Celtic, respectivamente. Outros sete países de menor expressão fizeram o mesmo:
- AZERBAIJÃO – Qarabag
- BÓSNIA – FK Saravejo
- IRLANDA DO NORTE – Linfield
- MACEDÔNIA – Vardar
- MALTA – Floriana
- PAÍS DE GALES – Connah’s Quay Nomads
- SAN MARINO – Tre Fiori
Por outro lado, Holanda e Chipre também resolveram não retomar a temporada, mas não declararam nenhum time campeão.
No entanto, várias outras ligas preferiram esperar o relaxamento do isolamento social para completar a temporada em campo. Os campeonatos começaram a voltar a partir de maio e, em alguns deles, já tiveram times levantando a taça de forma antecipada.
O Bayern de Munique, na Alemanha, conquistou o octacampeonato com duas rodadas de antecedência. O Shakhtar Donetsk, na Ucrânia, foi ainda mais dominante e confirmou o título a cinco rodadas do fim. Mas o recorde mesmo ficou com o Liverpool, na Inglaterra. A equipe de Jürgen Klopp sagrou-se campeã com sete jogos a disputar.
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Além dos Reds, mais quatro clubes comemoram o título nacional neste fim de semana: o Red Bull Salzburg, na Áustria; o Olympiacos, na Grécia; o Maccabi Tel Aviv, em Israel; e o Budućnost, em Montenegro. Já o Dínamo Zagreb, na Croácia, e o Slovan Bratislava, na Eslováquia, já haviam confirmado a conquista na semana passada.
Todos citados acima foram campeões jogando sem a presença do público e tiveram que adaptar a comemoração para a realidade atual. No entanto, outros quatro clubes puderam celebrar da forma tradicional: com estádio cheio e festa ao lado da torcida.
Foram os casos do Ludogorets, na Bulgária, do Ferencváros, na Hungria, do Slavia Praga, na República Tcheca, e do Estrela Vermelha, na Sérvia. Nesses países, os governos ignoraram as recomendações da OMS e liberaram a presença dos torcedores nas arquibancadas.
Na Sérvia, onde também ocorreu o absurdo torneio de tênis promovido por Novak Djokovic, a festa do título do Estrela Vermelha representou mais um triste episódio de irresponsabilidade. Dois dias após o jogo – que contou com a presença de 18 mil pessoas -, cinco jogadores do clube foram diagnosticados com Covid-19. Quem poderia imaginar?
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