Nesta segunda-feira (29), mais uma vez o cenário extracampo tomou conta do Parque São Jorge. A Fiel acostumada nos últimos tempos a ver notícias de cobrança de valores na justiça, agora vê um grupo de opositores a pedir o impeachment na justiça do presidente Andrés Sanchez.
O grupo de oposição ‘Frente Liberdade Corinthiana’, liderado por Herói Vicente entrou com um pedido de afastamento contra Andrés alegando que a atual gestão é temerária e descumpriu o estatuto do clube.
O processo, aberto na 4ª Vara Cível do Tatuapé, é assinado por 19 pessoas, sendo 13 conselheiros.
Uma das alegações para embasar o pedido de afastamento do presidente é de que, em 2019, o clube contraiu R$ 70 milhões em empréstimo junto a dois bancos sem solicitar aprovação interna. Em 2019, o Timão registrou um déficit recorde em sua história, R$ 177 milhões.
O estatuto do Corinthians afirma que empréstimos acima de 10 mil salários mínimos precisam da autorização do Conselho de Orientação, mas essa determinação não foi observada pela presidência – diz o advogado Cristiano Medida, representante da “Frente Liberdade Corinthiana”
Estamos pedindo o afastamento imediato do dirigente porque entendemos que ele não observou as regras legais e estatutárias. O estatuto do Corinthians em seu artigo 106 é claro: “O presidente deverá ser destituído quando não observar os mandamentos de seu estatuto” – completou o advogado.
A diretoria do Corinthians diz considerar “um evidente atropelo do estatuto e oportunismo eleitoral” a ação ingressada na Justiça pelo grupo de oposição.
Em nota, a diretoria diz que o clube possui mecanismos próprios para a apuração de irregularidades, citando o CORI (Conselho de Orientação) e o Conselho Deliberativo. Confira:
“A administração do Sport Club Corinthians Paulista recebe com tranquilidade o evidente atropelo do Estatuto e o oportunismo eleitoral, que movem um grupo político rumo a um pedido judicial de natureza estranha e apressada.
Estranha porque o clube tem órgãos independentes aos quais cabe requisitar os devidos esclarecimentos à gestão executiva, notadamente o CORI (Conselho de Orientação) e o Conselho Deliberativo. Apressada porque, em meio a uma paralisação sem precedentes no futebol, provoca tribunais de forma marqueteira, sem qualquer zelo pela imagem do clube, com o único intuito de antecipar —em um semestre— o processo eleitoral interno.”.
Caso Andrés seja afastado da presidência, o cargo passa a ser ocupado por Edna Murad Hadlik, primeira vice do clube.
Eleito em março de 2018, Andrés Sanchez tem mandato até o fim deste ano. Ele não pode tentar a reeleição no pleito de novembro e, até o momento, não definiu se irá apoiar algum candidato.
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