O Glorioso já não depende só de si para entrar no G4 e avançar para a semifinal da Taça Guanabara. Após a transmissão do jogo entre Botafogo x Volta Redonda no Raulino de Oliveira, Marcelo Chamusca, concedeu uma entrevista coletiva ao vivo na BotafogoTV e avaliou o desempenho do time no empate por 2 a 2.
Confira as principais falas do treinador que deu ênfase as atuações da zaga e do ataque.
Avaliação dos gols sofridos
– Hoje faltou para nós um pouco mais de consistência defensiva, de fato nos dois momentos onde a gente esteve a frente no placar, para poder jogar um pouco mais com a vantagem e poder aproveitar essa vantagem. A gente até no primeiro tempo conseguiu sustentar um pouco mais o 1 a 0 e teve algumas boas possibilidades, mas no segundo tempo nós fizemos o segundo gol e logo em seguida sofremos o gol de empate. Se você for analisar e eu vi agora as duas imagens dos dois gols, a verdade é que não houve nenhuma confusão de nenhum atleta no lance do primeiro gol. O que aconteceu foi que a gente recuperou uma bola de onde a gente defendeu uma falta lateral, o time estava organizado para defender essa falta lateral. A gente tentou fazer uma transição com uma bola longa para o Marco Antônio, o atleta do Volta Redonda interceptou a bola e fez uma bola para o lado e essa bola para o lado originou um cruzamento rápido, onde a bola resvalou dentro da área e acabou sobrando para o jogador do Volta Redonda. Então na verdade não teve confusão nenhuma.
Após a analise dos gols, o técnico exaltou os acertos dos atletas Luciano Naninho e principalmente a rapidez de Alef Manga, ao fazerem os gols pelo Voltaço. Chamusca disse também ser óbvio que vão trabalhar para minimizar os erros, mas que existe os méritos do adversário.
Linha defensiva
– A gente precisa estar mais organizado, com uma última linha mais consistente. Hoje foi o primeiro jogo do Rafael Carioca na linha defensiva, natural que tenha uma dificuldade, mas o principal erro dos segundo gol foi que a gente pressionou a saída de bola de forma desnecessária, eles acabaram saindo da pressão e achando espaço para enfiar na última linha. O erro maio foi a decisão de pressionar em bloco alto. Estávamos ganhando de 2 a 1 e não tinha necessidade.
Escolha do Rafael Carioca
– O critério é natural. Primeiro os treinamentos, segundo o Rafael Carioca é um atleta que foi contratado, muito importante, tem experiência, jogou em bons clubes, jogador com potencial, e a gente precisa colocar os jogadores em campo, inseri-los pouco a pouco. Vai acontecer situações por falta de entrosamento e também mérito do adversário. O Carioca marcou um jogador muito difícil, o Alef Manga, e conseguiu de forma consistente fazer um bom jogo. Ele vinha treinando bem, um jogador experiente, que a gente pretende contar. O PV fez alguns bons jogos, oscilou em outros, jogador jovem, com maturidade baixa. A gente entende que precisa dar ritmo aos jogadores, essa é a ideia.
Copa do Brasil
– Hoje a equipe mostrou evolução, competiu mais, se organizou melhor, teve alguns momentos ofensivos interessantes, com Marco Antonio, Felipe Ferreira, Navarro. A gente teve 18 finalizações, melhoramos nossa eficiência. A construção de uma equipe é muito complexa, e a gente está fazendo isso durante o campeonato. Hoje enfrentamos um adversário que virou o líder da competição e fomos bem, tivemos possibilidades de ganhar o jogo. Essa imagem que vou levar pro próximo jogo, que é decisivo. Queremos muito avançar pra terceira fase da Copa do Brasil, e a partir de hoje já começamos a nos preparar. É outra competição, totalmente diferente.
Intensidade no jogo
– Ainda não analisei as questões físicas com os números, mas pela experiência que tenho não vi perda de intensidade. O futebol é um jogo de ação e reação. Saímos na frente e mantivemos por um tempo um bom controle, sem o nosso goleiro tocar na bola. Quando eles empataram, a gente reagiu, começou a atacar e terminou o primeiro tempo no campo adversário, criando algumas possibilidades. Voltamos no segundo tempo, mantivemos a intensidade e conseguimos o 2 a 1. Aí faltou consistência para manter o placar e poder ampliar com a entrada dos jogadores descansados. Infelizmente tomamos o gol rapidamente, e o adversário se fechou. Mas tentamos até o final.
Substituições
– Os jogadores que entraram tentaram dar o seu melhor, mas o jogo mudou de característica quando a gente tomou o gol de empate. Nós tivemos algumas dificuldades, porque são jogadores com potencial de jogar em velocidade – casos de Ênio e Ronald – e o Volta Redonda, se preservando, abaixou as linhas e dificultou. Não é só a questão individual. Matheus Nascimento entrou bem, participou de jogadas interessantes, sustentou bem a bola na frente, PV jogou pouco tempo… Todos procuraram dar seu melhor. Às vezes o atleta entra, tem pouco tempo e não consegue produzir o que a gente espera. Ninguém planeja o empate, todos estão decepcionados e frustrados, a gente quer vencer. Estamos num processo de construção da equipe, tentando encaixar as peças, vamos conseguir com o tempo.