Fábio Moreno, após classificação da Ponte Preta à semifinal do Troféu do Interior com vitória em cima do Botafogo-SP, fez breve desabafo sobre maratona de jogos nesta temporada.
Com calendário ainda mais prejudicado por conta da pandemia de Covid-19, a qual provocou paralisação do Campeonato Paulista por quatro semanas, treinador não poupou críticas a respeito do acúmulo de partidas da Macaca em curto espaço de tempo.
+ Moreno enaltece classificação da Ponte Preta: ‘Hombridade, luta e garra’
“Eu acho que, hoje, até no grupo dos treinadores do Campeonato Paulista, o Abel (Ferreira), do Palmeiras, colocou uma frase do Klopp, que dizia que jogar a terça, quinta e sábado é uma loucura e que isso daí é impossível. Foi a frase que eles colocaram lá no grupo. Isso mostra um pouquinho do desafio que todos nós do futebol brasileiro estamos enfrentando. Já era muito difícil e já era discrepante demais com outros calendários, principalmente o europeu. Eu tive uma experiência no mundo árabe. Então é muito diferente, mas é um desafio que todos estão enfrentando”, criticou.
“Quem tem um plantel maior, como é o caso do Palmeiras, quem tem uma possibilidade de rodar mais os seus atletas, como é o caso de São Paulo e como é caso de outras equipes grandes, sai um pouco na frente, porque eles podem descansar. A gente está procurando também, pela própria oscilação que vivemos, dar uma sequência e dar uma carga boa para os atletas. A ideia é que eles consigam adquirir a confiança necessária. Que eles continuem trabalhando e continuem evoluindo, porque é quando entrarmos em um campeonato de pontos corridos é interessante que paremos de oscilar”, emendou.
PSICOLÓGICO
Apesar de classificação soada nos pênaltis, Fábio Moreno reconheceu que a Ponte Preta voltou a apresentar problemas no que diz respeito ao aspecto emocional, uma das teclas mais batidas pela torcida em 2021.
“Eu acho que a gente ainda sente um pouquinho o emocional. Isso foi cobrado no intervalo, entre eles e por nós da comissão técnica. No finalzinho do primeiro tempo, já estávamos querendo acelerar demais, fazer as coisas e querendo resolver. Não é assim, né? Aqui na Ponte, nós temos uma cobrança muito forte e sabe do peso que é vestir essa camisa e defender esse escudo. A torcida faz mais de um ano que não comparece aqui ao estádio. Isso tem nos feito falta”, reconheceu.
“A gente sente falta do torcedor da Ponte e sente falta do apoio. Às vezes, os atletas querem, por conta da situação e da dificuldade da partida, querer resolver. Isso daí acaba deixando o jogo um pouco mais reativo e mais tenso. Isso não é o ideal. Por isso que, às vezes, pecamos na finalização. Isso pega no último passe. Então precisamos só um pouquinho mais de equilíbrio e um pouquinho mais de tranquilidade para fazer o nosso trabalho mais bem feito”, acrescentou.
E AGORA?
Ao despachar o Botafogo-SP, Ponte Preta aguarda definição do adversário na semifinal do Troféu do Interior, cujo campeão carimba vaga direta à Copa do Brasil de 2022.
O rival da Macaca será Red Bull Bragantino, Ferroviária ou Novorizontino, em confronto único e na condição de visitante, entre domingo e segunda-feira.
Siga o Esporte News Mundo no Twitter, Facebook e Instagram.