O meia Hernanes é um dos grandes ídolos recente da história do São Paulo. Um dos pilares da última época gloriosa do clube, que venceu o Tricampeonato Brasileiro entre 2006 e 2008. Depois de anos de futebol europeu, retornou ao clube que o projetou.
Entretanto dois fatores não deixam o camisa 15 ser titular absoluto. O primeiro é o lado físico. Ultimamente, o meia tem sofrido bastante com lesões, o que impossibilita que tenha sequência de jogos.
O segundo é técnico. E a questão física interfere nisso. Hernanes não consegue mais ser o jogador decisivo e regular que se espera dele. Entretanto, muito disso é por responsabilidade dos treinadores que passaram pelo Morumbi.
É preciso que o técnico possa encontrar o melhor espaço para que o meia renda. Por exemplo, na Era Diniz, Hernanes não conseguiu achar seu espaço em campo. Quando era colocado como armador, não recebia a bola com qualidade para armar o jogo. Quando era volante, não tinha físico para fazer a marcação e criação das jogadas, como determina o protocolo dinista.
Este é o trabalho de Hernán Crespo: encontrar o posicionamento ideal para o camisa 15. Analisando o elenco atual, parece não haver dúvidas que será reserva de Benítez.
Neste esquema ofensivo e de construção de jogadas que o treinador coloca em campo, a bola chega com mais qualidade na frente, com mais opções de passe. A bola chega para o armador pelo meio, através dos volantes, e também dos alas. Isso facilita demais para quem organiza o jogo poder fazer o papel.
Um jogador como Hernanes não pode ser descartado. E na maratona de jogos que o São Paulo tem, pode ser bem útil para trazer vitórias e títulos para o Morumbi.