Após o surpreendente pedido de demissão do então técnico do Atlético-GO, Jorginho, no último sábado, o presidente do clube, Adson Batista, falou com a imprensa nesta segunda (17) para tentar esclarecer o episódio. O dirigente confirmou o que já era comentado nos bastidores; foi um desentendimento entre o próprio presidente e o ex-treinador que ocasionou a demissão. Jorginho teria se incomodado com pronunciamentos de Adson após as partidas (onde o presidente teria feito críticas sobre a postura do time de maneira aberta à imprensa), e teria colocado o cargo à disposição, caso esse tipo de entrevista continuasse acontecendo. O dirigente bateu o pé e acabou acatando o pedido de demissão. Vagner Mancini também foi pauta da coletiva. Confira o que disse Adson Batista:
“Fomos comunicados pelo antigo treinador, Jorginho, do interesse de não permanecer. Entendemos e aceitamos. Eu tenho as minhas convicções, não vou me moldar por um profissional se sentir incomodado por eu ser um cara verdadeiro e me posicionar da forma que eu me posiciono. Eu senti que o Jorginho veio para a reunião assim: se eu chegasse e tivesse uma posição diferente, recuasse, entendesse… ele permaneceria. Não, eu não vou perder minha essência. Eu, como dirigente, tenho a minha filosofia. Eu vou buscar e preservar sempre o Atlético-GO, que é maior que um tetracampeão, maior do que eu e maior do que todos.”
“Se o treinador tem uma filosofia, e ele entende que certas coisas o ofendem publicamente, algumas coisas que eu enxergo de forma diferente… é direito dele… e chega um ponto que você tem que entender da melhor forma e seguir a vida. Eu respeito o Jorginho, mas ele tem pontos e filosofias que talvez eu acho que não seja o melhor…, mas aconteceu, ele deixou o cargo, eu aceitei porque entendi que lá na frente poderia dar um problema maior e vida que segue.”
Vagner Mancini de volta?
O presidente do Dragão também falou sobre a possibilidade de trazer o técnico Vagner Mancini, que já treinou o Atlético, e foi recentemente demitido do comando do Corinthians. Adson aprova, mas garante que ainda não houve tempo para negociação.
“O Vagner fez um grande trabalho, é um profissional muito capaz, correto, experiente, tem o nosso perfil… é um nome a ser lembrado mas não houve nenhuma negociação. Estamos esperando-o finalizar sua situação com o Corinthians. A gente tem uma boa relação. O Mancini é um bom nome e sempre será, pelo que ele construiu aqui. Quando ele foi para o Corinthians ele disse que o Atlético foi muito importante, mas que ele tinha uma proposta irrecusável. Foi verdadeiro, tratou as coisas de frente e eu tive que entender, vida que segue. Nós precisamos de um treinador, mas não temos desespero para fazer isso o mais rápido possível.”
O Atlético Goianiense tem jogo decisivo pela Copa Sul-Americana na próxima quarta-feira, em Goiânia, contra o Libertad, do Paraguai. O Dragão não pode perder, ou será eliminado da competição. A equipe será comandada pelos auxiliares da comissão técnica permanente, Eduardo Souza e João Paulo Sanches.
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