Gilson Kleina, logo na chegada à Ponte Preta, revelou ter intenção de conversar com Renatinho para definir a posição ideal no esquema tático ao longo da Série B do Campeonato Brasileiro.
Com amizade construído na campanha do acesso em 2011, treinador estuda possibilidade de deslocar meio-campista da ponta direita para faixa central do gramado.
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“Eu entendo que o processo que nós vamos determinar passa muito por uma avaliação individual com os atletas. Eu ainda não fiz essa conversa individual. Te confesso que falei muito coletivamente, mas falei muito com a comissão técnica que está atuando na Ponte Preta. Na terça-feira à noite, eu, claro, chegando no local onde estou ficando eu fui avaliar a situação do Renatinho. O Renatinho está há quatro meses inativo, ir, voltar e se recuperar aqui dentro da Ponte Preta. Ele está há dez anos no processo de jogar ou no Japão ou na China. Eu até quero que ele me confirme isso. Ele estava fazendo 25 jogos por ano. Então isso dá uma média de quatro jogos por mês. Teve semana aqui, no Paulista, que ele fez três jogos na semana. É isso que eu quero falar”, revelou, em coletiva de imprensa.
“Você frisou muito bem. Quando eu conheci o Renatinho, eu me lembro que esse processo veio pelo Niquinho, quando nós trouxemos ele em 2010. Infelizmente, naquele ano teve a queda do Coritiba e aquela guerra contra o Fluminense… o Renatinho chegou em 2011. Só que o Renatinho esteve dez ou 11 anos mais novo. Então a gente sabe que a dinâmica é outra. O Renatinho fazia essa função em 2011 e 2012 (recomposição). Hoje, o posicionamento dos laterais também dá muita profundidade. Se a gente vai entender que é isso que o Renatinho vai conseguir fazer, vai nos entregar e acompanhar o lateral. Ao mesmo tempo, na hora em que a gente roda a bola, o gol está longe para ele. Agora, ele é um jogador muito inteligente e de muita qualidade”, acrescentou.
DIÁLOGO
A ideia de Gilson Kleina, junto com a comissão técnica e o próprio jogador, é encontrar um denominador comum para otimizar o rendimento com a camisa da Ponte Preta.
“De repente, vamos ver de que forma a gente pode deixar ele um pouco mais com energia e descansado para pensar melhor perto do gol adversário. Eu acho que cabe aos treinamentos. Se você aumentar o teu poder de criatividade, isso para mim é importante, porque você leva dificuldade para o adversário e você desequilibra a marcação do adversário. Se você tem Renatinho e Camilo pensando, você aumenta o seu poder de inteligência. São jogadores que têm um poder cognitivo muito alto. É claro que é sem falar no Thalles, sem falar no Niltinho e sem falar no Moisés. Nós estamos estudando ver essa situação. Pela tua pergunta, eu preferi extrair muito do Renatinho. Eu quero ter uma conversa com ele hoje e mostrar como é que está o calendário no Brasil”, afirmou.
“Naquela época, querendo ou não, os laterais não davam tanta profundidade. Hoje, a gente sabe que muitos adversários e o futebol está assim, com saída de três, empurra os laterais e traz os atacantes por dentro. Vamos ver se a gente consegue fazer com que ele feche esse corredor e se ele vai acompanhar. No meu ver, eu acho que tem muito desgaste para ele, mas vamos conversar. A gente não tem a verdade absoluta, mas nós queremos ter a certeza de que, quando nós posicionarmos ele, ele pode render para Ponte Preta, porque a qualidade é indiscutível. Nós precisamos desses jogadores para poder equilibrar e resolver a situação da Ponte Preta para buscar as vitórias”, finalizou.
Renatinho foi repatriado pela Ponte Preta em abril de 2021 após dez temporadas consecutivas entre Japão (4) e China (6) e assinou contrato até o fim da Série B do Campeonato Brasileiro.
Aos 32 anos, meia disputou seis jogos nesta segunda passagem pela Macaca, porém ainda sem contribuiu decisivamente com gol ou assistência.
TABELA
A reestreia de Gilson Kleina pela Ponte Preta ocorre neste domingo, diante do Vasco da Gama, no Estádio Moisés Lucarelli, às 16h, pela segunda rodada da Série B.
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