Recentemente, o América-MG anunciou a contratação do lateral-direito Patric, que é o 17º reforço da equipe na temporada. Experiente, o defensor será importante para a composição da equipe de Vagner Mancini no Brasileirão, mas o momento de sua transferência expõe o mau planejamento feito pelo clube.
Na Série B de 2020, o Coelho contava com Diego Ferreira e Daniel Borges para a lateral-direita. Ao fim do torneio, naturalmente, Borges terminou seu empréstimo e retornou ao Mirassol, fazendo com que o América-MG mirasse o mercado por uma reposição.
Com certa demora e desconfiança da torcida, a cúpula do futebol alviverde, após especular alguns nomes, chegou a Eduardo, de 34 anos, que estava no Série A. Inicialmente, o reforço foi reserva de Diego Ferreira, mas com a queda de rendimento do titular, assumiu a posição. Nos primeiros jogos, Eduardo mostrou bom rendimento, mas seria ele o nome certo para ser o cara do América-MG na posição?
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Agora, após 13 rodadas de Brasileirão, o time retornou ao mercado e buscou Patric, de 32 anos, com bagagem no campeonato e que vem de uma boa temporada do Brasileirão. Dando o bônus da oportunidade de mercado inesperada, como foi essa, visto que o jogador rescindiu contrato com o Sport, é possível dizer que o América-MG demorou para contratar um nome de peso e – quase – indiscutível para a lateral-direita. Mais precisamente, cerca de seis meses, no mínimo, para resolver o problema de uma função importante da equipe.
NO CAMPO E NO BOLSO
Tal falha de planejamento tem consequências em diversas áreas do clube. Na folha salarial, o Coelho agora tem três laterais-direitos, que são só uma parte de um elenco inchado, com mais de 40 jogadores. Em campo, a situação também é sentida. Contra o Grêmio, por exemplo, Eduardo, lesionado, ficou fora, o que abriu espaço para Diego Ferreira na titularidade.
Contudo, o jogador não vive boa fase, e fez uma partida ruim, o que levou Vagner Mancini a buscar novas possibilidades. Mas sem opções no banco, o treinador teve de improvisar o veterano Marcelo Toscano na função, o que, definitivamente, não é o melhor dos mundos.
Apesar da evitável demora, Patric chega para dominar a lateral-direita do América-MG, principalmente no esquema 3-5-2, pois, como ala, poderá explorar sua melhor qualidade: o apoio.
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