Nesta quarta-feira (28), o treinador brasileiro Márcio Máximo se despediu do comando técnico da seleção da Guiana.
Contratado em outubro de 2019, o brasileiro comandou os ‘Jaguars’ em 13 partidas, vencendo e perdendo seis vezes e somando um empate. Nos quase dois anos a frente de trabalho, Máximo conseguiu levar o país a disputa da Copa Ouro pela segunda vez na história e subiu da posição 174 do ranking da FIFA para a 165.
— Fiquei muito feliz com o convite e em ter aceitado esse desafio, tivemos dificuldades causadas pela pandemia, mas conseguimos deixar nossa marca no país. Demos o pontapé inicial da profissionalização e da renovação da equipe, agora é preciso que deem continuidade ao projeto. Os atletas tem muito potencial, é um trabalho que se for levado a sério, em dois ou três anos, a Guiana terá plena condições de bater de frente com as seleções mais fortes do Caribe, não tenho dúvidas disso – disse o treinador depois de anunciar sua saída.
Mais do que os resultados alcançados, Máximo e sua comissão trabalharam também na renovação do time, reduzindo a idade média da equipe de 27 para 23 anos e, na classificação para a Copa Ouro, 60% do elenco utilizado era formado por atletas locais.
Esta foi a quinta seleção em que o brasileiro trabalhou. Em 1992 e 1993 fez parte da comissão técnica da Seleção Brasileira sub-17 e 20, em 1994 esteve na comissão da seleção do Qatar. Entre 1999 e 2002 foi o treinador das Ilhas Cayman e, entre 2006 e 2010, comandou a seleção da Tanzânia.
O treinador de 59 anos de idade completou todos os cursos da CBF e possui a Licença PRO, recentemente também reconhecida pela UEFA. E no momento mira o retorno para o mercado nacional de técnicos.
— Tenho uma vasta experiência com diversas culturas e com atletas mais jovens, ainda não sei onde vou trabalhar, mas um retorno ao Brasil está sim entre as opções. Estou sempre estudando e me mantendo atualizado, sei que poderia fazer um bom trabalho no meu país – finalizou Márcio.