O Atlético é um dos clubes com as maiores dívidas Brasil. O clube tem quase R$ 750 milhões em dívidas, segundo analistas do Itaú BBA. Mesmo assim, o Galo segue fazendo grandes contratações e pagando altos salários com ajuda de investidores.
Nos últimos dias, o clube foi notificado sobre quatro ações na justiça por conta de quatro ex-jogadores do clube. Confira os casos e as situações abaixo:
CASO PATRIC
Em 2015, Patric estava em fim de contrato e assinou um pré-contrato com o Osmanlispor, da Turquia. O Atlético foi pego de surpresa, mas alguns meses depois anunciou a renovação com o lateral.
Os turcos acionaram Patric e o Atlético na FIFA alegando que o lateral não cumpriu o acordo feito. O Atlético alegou que o contrato de Patric com o clube turco era inválido e ainda acusou o Osmanlispor de aliciar Patric.
O Osmanlispor cobra R$ 6 milhões de reais do Patric e do Atlético. A ação já foi julgada pela FIFA, que deu ganhou de causa ao Atlético. Os turcos agora levam o caso ao TAS (Tribunal Arbitral do Esporte). A sentença só sairá em alguns meses.
CASO RAFAEL CARIOCA
Rafael Carioca deixou o Atlético em 2017. O jogador agora cobra na justiça que o clube pagava à ele de direito de imagem, mais do que a Lei Pelé permite (40%). O meia também cobra adicional noturno, já que participou de partidas após às 22h e não recebeu adicional, como é previsto na CLT.
O jogador cobrava R$ 2,8 milhões do Atlético. Mas no início do mês, a justiça condenou o clube a pagar R$ 750 mil ao meia, e não R$ 2,8 milhões. O jogador recorreu, mas teve seu pedido negado. Carioca ainda pode acionar o Tribunal de Justiça ou o Superior Tribunal de Justiça para tentar ganhar o que deseja.
CASO GIOVANNI
O goleiro Giovanni defendeu o Atlético por 8 anos. Ele foi dispensado em junho de 2018, seis meses antes de seu contrato terminar. Giovanni cobra direitos de imagem e a diferença da multa de cláusula compensatória.
Giovanni cobrava R$ 445 mil do Atlético, mas a justiça condenou o clube mineiro a pagar R$ 400 mil. Ambos os lados ainda podem recorrer da decisão.
CASO MAICON BOLT
O caso mais recente é o do atacante Maicon ‘Bolt’. Maicon foi contratado em 2019 e não agradou nem a diretoria e nem a torcida atleticana. O atacante foi dispensado em fevereiro deste ano.
Segundo o Globo Esporte, o imbróglio começa quando o clube entende que o contrato de Bolt iria até o fim de 2020 e o jogador entende que o contrato iria até o fim de 2021. O que faz grande diferença na hora da cobrança.
O Atlético alega que no contrato de Bolt havia uma cláusula de que se ele atuasse em 60% das partidas, o contrato seria ampliado por mais um ano. Mas segundo o clube, nem se o atacante fizesse todos os jogos em 2020 ele alcançaria essa porcentagem.
Bolt cobra mais de R$ 20 milhões do Galo por conta de direitos de imagem, salários, FGTS, 13° salário, luvas, premiações, multas e indenização pela rescisão.
O Atlético pretende levar o julgamento ao CNRD (Câmara Nacional de Resoluções de Disputas), como foi definido no contrato. Por isso, a decisão ainda terá vários capítulos.
