No começo de março, com a troca da gestão esportiva, o Internacional decidiu apostar em uma reformulação na base. Para isso, o colorado foi atrás do experiente Gustavo Grossi, que ocupa o cargo de gerente executivo das categorias de base do clube gaúcho. Desde então, diversas mudanças internas estão sendo promovidas pelo profissional, que tem vasta experiência de sucesso no River Plate.
Com projeto calculado para seis anos, Gustavo Grossi já começou a executar uma reformulação interna, principalmente nesta primeira temporada. Nesse momento, todavia, o objetivo é reajustar e fortalecer o sistema de captação do clube, além de reformas pontuais de estruturas no centro de treinamentos do Internacional.
– O que está acontecendo hoje é a primeira parte do processo, que é a reforma, a profissionalização da base. A reforma do CT, que vai ser apresentado novamente no final de agosto, com campos novos, alojamento renovado, com escritórios para os profissionais. Um projeto planejado, que em dezembro tem que estar 100%. No campo temos que criar um processo de curto e médio prazo para que, na base, os jogadores que subam saibam como joga o time principal – avaliou Gustavo Grossi, em contato com o Esporte News Mundo através da assessoria de imprensa.
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O trabalho de reformulação estrutural está alinhado ao de captação de jovens talentos pelo Internacional. Para isso, Gustavo Grossi começou a adotar um sistema de análise que deu certo no River Plate, e foi adaptado ao Colorado. Na Argentina, implementaram seleções pelos bairros de Buenos Aires, através de vídeos enviados por redes sociais. A prática se repetiu em Porto Alegre, nos primeiros meses de trabalho do gerente. O executivo das categorias de base explicou, inclusive, a busca pela contratação de Juan Manuel Cuesta.
– A base do projeto é o futebol brasileiro, em Porto Alegre e no Rio Grande do Sul. Se não encontramos aqui, temos avaliadores por todo Brasil. Depois, se há algum diferenciado fora do país que não existe a característica no Beira-Rio, aí se busca, como foi o (Juan Manuel) Cuesta – detalhou Gustavo Grossi.
O gerente executivo ainda justificou a ação tomada no Internacional. Para isso, Gustavo Grossi elogiou os atletas brasileiros e comentou sobre a força histórica do Colorado na criação de grandes jogadores desde a década de 70.
– Considero que no Brasil surgem os melhores atletas do mundo. Então para buscar alguém de fora precisa ser alguém diferenciado. Além da diferença de cultura e de vida entre países. Tenho muito claro que aqui no Inter existe uma das primeiras escolas de futebol campeão do país. Sei que não venho inventar nada, é preciso profissionalizar essa paixão e esses processo – argumentou Gustavo Grossi.
O trabalho de reformulação e reestruturação, todavia, não passa apenas pela captação de novos atletas, mas também pela redução da quantidade de jovens, focando mais na qualidade do que na quantidade. A ideia de Gustavo Grossi é que, a longo prazo, os atletas mais jovens, desde o sub-8, consigam subir de categoria e se desenvolverem para subirem ao profissional no momento certo e com a experiência necessária.
– As categorias tinham cerca de 50 atletas cada, baixamos para cerca de 25 cada. Criamos a categoria sub-16, também sub-15. Nós vamos da sub-8 até a sub-20. São 10 categorias, é um projeto de médio a longo prazo, que pode ter uma característica similar desde que o atleta ingresso no clube, até o profissional – finalizou Gustavo Grossi, gerente executivo das categorias de base do Internacional.