Jô marcou, na última quarta-feira (30), o segundo gol da vitória por 2×0 do Corinthians sobre o Red Bull Bragantino, em partida válida pelas quartas de final do Campeonato Paulista. O atacante não jogava desde dezembro e a última vez que balançou as redes tinha sido em setembro.
Na última temporada do campeonato japonês, em que disputou pelo Nagoya Grampus Eight, Jô foi titular em todas as 32 partidas que jogou, marcou seis gols e distribuiu quatro assistências. Na edição de 2018, foram 24 gols em 33 jogos.
No Corinthians, Jô chega como a solução para um ataque ineficiente. Pelo Campeonato Paulista, o Timão tem 18 gols em 13 partidas, e os três artilheiros do time (Boselli, Luan e Gil) têm a metade desse saldo. E contra o Bragantino, mesmo visivelmente fora de forma, Jô mostrou a que veio.
Jô x Boselli
Ao longo da partida, Jô finalizou duas vezes, deu 27 passes certos e, entre eles, três foram decisivos para a criação de chances de gol. São números superiores aos de Boselli, titular até então antes de um afundamento na face. O argentino participa bem menos do que Jô participou no Morumbi: em média, são 1.8 finalizações, 11.3 passes e 0.5 passes decisivos por jogo.
O atacante já se mostrou decisivo com a camisa do Corinthians em outras oportunidades. Na sua última passagem, a do título brasileiro, Jô marcou 18 gols em 34 partidas, com apenas 1.9 finalizações por jogo. No Paulistão do mesmo ano, foram seis gols em 15 jogos como titular, e com menos finalizações ainda – 1.6 por partida.
Para efeito de comparação, Boselli, na edição de 2019, fez um gol em 11 partidas, com 1.4 chutes ao gol por jogo. No Campeonato Brasileiro, os números continuam baixos: sete gols em 22 jogos, com média de 1.2 arremates por partida.
Eficiência máxima
Em entrevista coletiva antes do confronto, Tiago Nunes disse que não sabia se Jô conseguiria atuar os 90 minutos contra o Bragantino. Nas redes sociais, a torcida comentou sobre o atacante estar lento e não conseguir correr plenamente em campo, mas ainda assim o camisa 77 se mostrou muito eficiente.
E mesmo sem atuar em 2020, Jô se mostrou competente nas situações que exigiam força e tempo de bola. Nesse tipo de lance, por exemplo, o ritmo de jogo é importante. Ganhou 11 dos 16 duelos aéreos ao longo da partida e três das sete divididas no chão. Sem falar na entrega do outro lado do campo – na defesa, foram três cortes e um chute adversário bloqueado.
A agilidade e velocidade para driblar e manter a bola, entretanto, ainda pareceram longe do ideal. O atacante perdeu a bola 17 vezes contra o Bragantino, um número muito alto. Se comparado com as médias do time, só fica atrás de Madson (20.5) e Fagner (19.7) em perdas de posse por partida. Isso também culminou em seu pouco envolvimento em dribles e, por consequência, a pouca velocidade do Corinthians ao longo do jogo. Jô só deu dois dribles na partida, por mais que tenha 100% de aproveitamento no quesito.
Ainda assim, com a ausência de Boselli, Jô terá tempo para se adequar ao estilo de Tiago Nunes. Seu envolvimento nas partidas tende a melhorar com o tempo e seu fator de decisão pode se mostrar cada vez mais aguçado nos próximos jogos.
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