O Guarani deu mais um passo importante para tirar do papel o projeto de construção da Arena em troca do Estádio Brinco de Ouro da Princesa ao realizar a segunda e última reunião virtual, nesta segunda-feira à noite.
Encontro online, com cerca de 65 convidados, contou com a presença de inúmeros sócios-proprietários do Bugre, além de membros do Conselho de Administração, Conselho Fiscal e Conselho Deliberativo.
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O principal objetivo do debate foi a deliberação, segundo edital publicado no site oficial, acerca do terreno a serem construídos os equipamentos devidos como parte de pagamento pela alienação judicial do complexo onde hoje encontra-se a ‘casa’ do clube.
RELEMBRE
A Magnum se comprometeu, a partir do momento em que definiu pela arrematação do Estádio Brinco de Ouro da Princesa, além de parcelas mensais de R$ 350 mil, a entregar três obras: uma Arena nos moldes da Fonte Luminosa, de Araraquara, um Centro de Treinamento e um Clube Social às margens da Rodovia dos Bandeirantes em um terreno que já pertence ao Guarani.
O clube campineiro também ficou com direito de 14% do Valor Geral de Venda (VGV) em relação ao projeto imobiliário a ser construído na Taba alviverde, excluindo shopping e hotel, porém com participação nas torres residenciais e comerciais.
O QUE ROLOU?
A reunião foi iniciada por Marcelo Khattar Galli, presidente do Conselho Deliberativo, às 19h12. Logo de cara, Celso Grion Maleronka, enviado pela MGM e arquiteto especialista na área de projetos esportivos, foi quem explicou todos os detalhes por volta de 15 minutos – posteriormente, foi disponibilizada mais de uma hora para responder as dúvidas dos associados.
De família bugrina, o profissional já executou várias obras deste padrão. É ele, inclusive, quem cuida, dentro da Federação Paulista de Futebol (FPF), de toda elaboração dos Centro de Treinamentos realizados em todo o estado, e também dos negócios na Confederação Brasileira de Futebol (CBF).
O know-how o credencia a estar à frente do caso também por conta de projetos para Rio 2016, Fórmula-1, FIA, reforma do Autódromo Internacional de Interlagos, entre outros.
TERRENO
As características e o tamanho da área disponível de terreno para implantação do programa são decisivos.
A exigência mínima é de 60 mil metros quadrados, enquanto o local oferecido pelo Guarani é de 150 mil metros quadrados – isto é, mais que o triplo, sendo 87 mil destinado para estádio, 50 mil para Clube Social (20) e Centro de Treinamento (30) e 11 mil de área separada (e não aproveitada) de preservação permanente (APP).
Outros pontos colocados em consideração são: localização às margens de rodovia, facilidade de acesso em Campinas, São Paulo e Aeroporto Internacional de Viracopos, segurança, ‘público mais heterogêneo’, redução de brigas entre os torcedores, custos de implantação, desenho moderno e mais adaptado às novas exigências e normas.
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Completam a lista segurança, conforto (experiência, qualidade e acessibilidade), vias de acesso bem dimensionadas e capacitadas para receber alto fluxo de veículos e pessoas, estacionamentos e demais apoios, sem causar grandes transtornos nas adjacências.
Poucos terrenos dentro da área urbana do município, aliás, estão disponíveis no momento, cujo argumento foi reiterado pelos ‘apresentadores’.
POR QUE USAR ESTE TERRENO?
O fato de estar no cruzamento de duas pistas também é uma mola propulsora para tirar a Arena do papel, haja vista outros projetos de sucesso no Brasil (Recife) e no mundo (Alemanha e Rússia) estarem sob tal situação.
Ajuda também o tamanho compatível que permite dimensionar todas as áreas com folgas e possibilidades extras que viabilizam rendas acessórias para garantir uma sustentabilidade financeira.
Ainda entram neste ‘bolo’ a dificuldade em encontrar um terreno deste tamanho próximo ou em Campinas, antes do pedágio, e que não precise de grandes obras de apoio com alças e anéis viários.
Além disso, são abordados outros quatro tópicos: custos elevados com a valorização imobiliária atual, altas despesas para execução de obras, solução de acessos como anel viário e topografia favorável.
DETALHES
Para tirar o projeto do plano teórico, será necessária uma área de 35 mil quadrados para construção da Arena com vestiários, praça de alimentação, áreas para segurança, bilheterias e etc.
O estádio terá inicialmente lugar para 12 mil espectadores e expansivo até 25 mil, além de estacionamento para duas mil vagas – no primeiro debate, o número era de apenas 500.
O Centro de Treinamento também vai ter dois campos de futebol, duas quadras de futebol social e duas quadras multiuso de treinamento, além dos apoios, em área de 35 mil metros quadrados.
O Clube Social, por fim, será composto por cerca de 20 mil metros quadrados para construção de sede administrativa, entre outros.
O QUE VEM POR AÍ?
Após duas reuniões com mesmo objetivo, realizadas em 16 e 30 de agosto, Guarani caminha, a partir de agora, para votação final em 15 de setembro, quarta-feira, às 19h, novamente de forma virtual, para confirmação ou recusa do terreno onde serão levantados os três equipamentos.
Se a ideia for reprovada, Bugre será obrigado a procurar uma nova área para tornar o projeto uma realidade, sob incumbência de uma empresa contratada pelo grupo MMG, do empresário Roberto Graziano.
Por outro lado, o esboço apresentado, aliás, está longe de ser definitivo e final. O caso vai ter outros desdobramentos no decorrer dos próximos meses e também de acordo com as necessidades dos órgãos públicos e do próprio Guarani.
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TABELA
Em sétimo lugar com 33 pontos, Guarani volta a campo pela Série B do Campeonato Brasileiro em 04 de setembro, sábado, diante do Náutico, nos Aflitos, às 17h15.